Como surgiu a Festa Litúrgica de Nossa Senhora Rainha?

A Igreja comemora, no dia 22 de agosto, o título de nossa Mãe do Céu como Rainha!

A Festa da Virgem Maria Rainha foi instituída pelo Papa Pio XII em 1955, na sequência da celebração de Cristo Rei. E de início, era datada em 31 de maio, encerrando o mês mariano.

Mas, para que a festa da realeza da Santa Mãe de Deus fosse próxima à da sua gloriosa assunção, Paulo VI decidiu mudar a data para 22 de agosto, oito dias depois da Festa da Assunção de Nossa Senhora.

“Não é verdade nova que propomos à crença do povo cristão porque o fundamento e as razões da dignidade régia de Maria encontram-se bem expressos em todas as idades, e constam dos documentos antigos da Igreja e dos livros da sagrada liturgia”. (Papa Pio XII na Encíclica Ad Coeli Reginam)

Na Sagrada Escritura, é clara a referência a respeito da realeza da Virgem Santíssima: “Um grande sinal apareceu no céu: uma Mulher vestida com o sol, tendo a lua sob os pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça” (Ap 12,1).

Em Pentecostes, no livro dos Atos dos Apóstolos, São Lucas inclui Maria entre os apóstolos, estando com eles em plena oração. Assim, constituindo a ligação que mantêm unidos a Jesus Ressuscitado os homens que não estavam impulsionados pela força do Espírito Santo. 

Em sua personalidade, composta pela humildade e fé ao ouvir o anjo lhe falar e confirmar que estava pronta para a missão em gerar um Deus mais humilde que ela, e também pela pureza do seu coração, Maria esteve ainda mais próxima de seu Filho.

Cinco fatos sobre o título da Virgem Maria como nossa Rainha

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1. No antigo Israel, diferente de outros reinados, a rainha era a mãe do rei

No Antigo Testamento, reis como Davi, por exemplo, muitas vezes tinha mais de uma esposa. Por isso, se tornou complicado escolher uma rainha, então a mãe naturalmente preenchia esse título.

2. A rainha-mãe tinha grande respeito e admiração

Em 1 Reis 2, 19, ouvimos sobre a mãe do filho de Davi:

“Betsabeia foi, pois, à presença do rei Salomão para lhe falar em favor de Adonias, e o rei ergueu-se para ir a seu encontro e prostrou-se diante dela; depois sentou-se no trono e mandou colocar um assento para a mãe do rei, e ela sentou-se a sua direita. Disse ela: ‘Tenho um pequeno pedido para te fazer, não o negues’. O rei lhe respondeu: ‘Pede, minha mãe, que não o negarei’”. (1Rs 2,19-20)

3. A confirmação de Maria como mãe do Rei Jesus

“Conceberás em teu seio e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e ele reinará para sempre na casa de Jacó. E seu reino não terá fim” (Lc 1, 31). Assim falou o anjo Gabriel para Nossa Senhora, pois entre as profecias sobre o Messias, estava que Ele viria da raiz de Davi, assim confirmando que Maria também é Rainha, por ser mãe do Cristo Rei.

4. Concílio Vaticano II proclama Maria como “Rainha do Universo”

O documento Lumen Gentium relata que Nossa Senhora foi “exaltada pelo Senhor como Rainha do universo, para que se conformasse mais plenamente ao seu Filho, o Senhor dos senhores e o vencedor do pecado e da morte”.

5. Ao falar “Nossa Senhora”, também podemos dizer “Nossa Rainha”

São João Damasceno proclama-a “rainha, protetora e senhora” e também: “senhora de todas as criaturas”. Sua palavra grega que originou a frase “Nossa Senhora” significava “personagem real”. Além disso, um antigo escritor da Igreja ocidental chama-lhe: “ditosa rainha” e “rainha eterna junto do Filho Rei”.

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Fonte: Aleteia/ O São Paulo