Os Evangelhos sinóticos são muito claros ao nos dizer que Jesus veio anunciar o Reino de Deus. Por Reino de Deus, ou numa expressão mais clara, Reinado de Deus, entende-se a forma como Deus gratuitamente manifesta seu poder sobre todo o universo, que já está presente no meio de nós por meio de Jesus, mas não alcançou sua plenitude. E o Reinado de Deus é o amor de Deus que se converte em vida para todas as criaturas, sobretudo para os pobres.
Sendo Jesus a própria realização do Reinado de Deus, podemos dizer que Ele é Rei, não por exercer um poder tirano sobre o universo, mas por ser a expressão mais elevada do amor de Deus Pai por todo o universo na glória do Espírito Santo.
Jesus, ao anunciar o Reinado de Deus e ao dar sua vida para nos libertar da morte e do pecado, realizou o maior serviço prestado a todo o universo, pois fez tudo o que é criatura passar das trevas para a ressurreição. Tudo o que existe está marcado pela força da ressurreição de Jesus e anseia pela concretização definitiva desse Reinado.
Mas ao lado do Senhor Jesus, Servo e Rei, encontramos Maria Santíssima, que assumiu o projeto de Reinado de Deus ao lado de seu filho na condição de “serva”. Se meditarmos as Bem-aventuranças de Mateus (5,3-11) e de Lucas (6,20-23) vamos perceber que Jesus e Maria são os bem-aventurados por excelência.
E da parte da Igreja, nunca se negou esse lugar à Mãe do Senhor, referindo-se a ela como a Bem-aventurada Virgem Maria. Lembremos que toda a vida de Maria é ao lado de seu filho Jesus: ao lado por ser a mãe, por se fazer discípula, por viver na perspectiva do Reinado de Deus nas bem-aventuranças e, por sua assunção, estando eternamente com Jesus na glória celeste.
Assim, se afirmamos ser Jesus Rei, consideramos Maria como Rainha!
Isso também nos faz lembrar os costumes palacianos do antigo Oriente, como no caso de Salomão, que mandou colocar um trono à sua direita para sua mãe, Betsabé, reconhecendo sua dignidade como “Rainha Mãe” (1Rs 2,19). Ela não tem poder de governar, mas com o filho recebe a honra da realeza.
Mesmo trazendo essa imagem do Antigo Testamento, que foi um costume que prevaleceu nos palácios por muito tempo e teve impacto na compreensão de Maria como Rainha, devemos estar muito atentos para não adequar lógicas palacianas e colonialistas à figura da Mãe de Deus.
A Virgem Maria é Rainha pela plena adesão ao Reinado de Deus e sua justiça, mas em momento algum pode ser idealizada como uma mulher dos palácios, do luxo, distante das pessoas simples e do Evangelho.
A coroa que colocamos sobre a cabeça de Maria é a coroa do Reinado de Deus. É uma expressão de que ela viveu com máxima fidelidade sua vida de “serva do Senhor”, isso porque o maior é aquele/a que se faz servo/a (Mt 23,11).
Como Maria pode iluminar a identidade da Igreja?
Olhar o mundo com os olhos de Maria é aprender a enxergar além das aparências. Ela contemplava a presença de Deus nas pequenas coisas do cotidiano
Rogai sempre por nós, ó Santa Mãe de Deus, sobretudo na hora de nossa morte
Na oração da Ave-Maria, queremos enfatizar o porquê da intercessão de Maria e os motivos centrais para pedir sua presença materna na hora de nossa morte.
MARIA, EM LUCAS
O Evangelho segundo Lucas destaca Maria de modos diversos. Vejamos quatro momentos nos quais ela é indicada. Note-se que são as ocasiões em que ela é mais citada neste Evangelho.
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.