Igreja

Cornélio e Cipriano: testemunhas fiéis da Verdade do Evangelho

Amigos que sofreram com heresias e não desanimaram em seus propósitos de santidade

Escrito por Alberto Andrade

16 SET 2022 - 10H40 (Atualizada em 13 SET 2024 - 17H54)

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A Igreja Católica celebra neste 16 de setembro a memória destes dois mártires: São Cornélio e São Cipriano.

Leia MaisIgreja celebra o martírio de São João Batista, o maior dos profetasEsta data foi escolhida por indicar dois importantes acontecimentos: a renúncia ao trono papal do primeiro e a morte do segundo, por sinal, de modo glorioso, por decapitação, devido ao seu corajoso testemunho de fé e amor a Deus.

Cornélio, o Papa da mansidão

Eleito líder da Igreja Católica em 251, já estava predestinado a enfrentar grandes combates em favor da fé e também porque o cargo de Santo Padre estava vago há muito tempo por causa das perseguições de Décio, um cruel líder do Império Romano.

Além disso, teve que lidar com a primeira grande divisão na Igreja, pois um homem chamado Novaciano, sem nenhuma autorização, se autoproclamou bispo e passou a propagar uma grande heresia, que dizia que a Igreja Católica não tinha poder para perdoar pecados, logo, quem cometesse algum pecado grave automaticamente estava excluído da comunhão com a Igreja e sem a possibilidade de voltar.

Cornélio, extremamente fiel e justo a vontade de Deus, sempre reafirmava que as portas da misericórdia sempre estavam abertas para quem, com sincero arrependimento, buscasse a confissão e a conversão.

Após a morte de Décio, Galo assumiu como imperador e as perseguições aos Cristãos aumentaram, e o Papa Cornélio foi exilado, sofrendo muitas tribulações. Algo que motivava o Santo Padre era o apoio de Cipriano, que lhe apoiava e incentiva por meio de cartas. Cornélio morreu em junho de 253, sendo sentenciado ao martírio pelo imperador, por não aceitar prestar o culto aos deuses pagãos.

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Cipriano e sua entrega à vontade de Deus

O Bispo nasceu em Cartago, no ano de 210, e em seu ministério ficou conhecido por sua grande habilidade para falar em público, dons que contribuíram muito para o bom exercício de sua profissão de advogado e, depois, para o ministério sacerdotal.

Sua conversão ocorreu após ouvir alguém proclamando a leitura do Evangelho na Igreja, onde talvez tenha entrado por curiosidade, foi impactado pelas palavras de Jesus.

Alguns anos depois, decidiu virar padre, sendo ordenado em 248, ano em que o bispo de Cartago morreu, e ele logo foi aclamado pelo povo para ser o novo pastor. Conta-se que diante disso, ele respondeu: “Me parece que Deus expressou sua vontade por meio do clamor do povo e da aclamação dos sacerdotes”. E aceitou o cargo, passando a ser o Bispo mais importante que a região já teve.

E como ele e Cornélio se apoiavam pela Verdade do Evangelho, estavam sendo perseguidos, principalmente pelos imperadores Galo, Valeriano e Galieno.

Em 257, com o início da perseguição cristã comandada por Valeriano, os padres e bispos ficaram proibidos de realizar qualquer tipo de cerimônia religiosa, sob o risco de serem condenado à pena de morte. Mesmo assim, Cipriano continuou a celebrar, foi preso pelas autoridades e levado ao tribunal, onde lhe foi oferecida a chance de ‘perdão’ se acendesse incensos aos deuses pagãos. Como negou, foi condenado ao martírio.

Ele, ao ouvir sua sentença, exclamou: “Graças sejam dadas a Deus”. Em setembro de 258, São Cipriano vendou os próprios olhos e se ajoelhou, e então, teve a cabeça cortada pela lança da espada. Em seguida, os fieis fizeram uma solene procissão, carregando tochas e entoando canções para dar ao corpo do mártir uma sepultura digna.

Oremos para que sempre possamos cumprir a vontade de Deus, assim como fizeram Cornélio e Cipriano

Ó Deus, que em São Cornélio e São Cipriano

destes ao vosso povo

pastores dedicados e mártires invencíveis,

fortificai, por suas preces, nossa fé e coragem,

para que possamos trabalhar incansavelmente

pela unidade da Igreja.

Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,

na unidade do Espírito Santo.

Amém!


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