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Igreja

Ecologia Integral e o cuidado com a casa comum

A responsabilidade compartilhada na preservação ecológica

Fr. Rafael Peres Nunes de Lima C.Ss.R.

Escrito por Fr. Rafael Peres Nunes de Lima, C.Ss.R.

22 FEV 2025 - 07H00

Kanjana Kawfang shutterstock

O tema da Campanha da Fraternidade 2025: “Fraternidade e Ecologia Integral”, leva-nos a refletir mais uma vez sobre a questão da ecologia e do cuidado para com o nosso Planeta. Não é algo que está longe de nossas realidades ou que não esteja relacionado com a vivência profunda e espiritual da quaresma.

O fato de buscarmos uma conversão profunda das nossas ações, enquanto seres humanos que habitam este mundo; esta casa comum, que beira o colapso, é uma chamada de atenção e uma forma de cuidarmos do ser humano integralmente, em todas as suas dimensões.

O Papa Francisco em sua mais recente Encíclica diz:

“Por muito que se tente negá-los, escondê-los, dissimulá-los ou relativizá-los, os sinais da mudança climática impõem-se-nos de forma cada vez mais evidente. Ninguém pode ignorar que, nos últimos anos, temos assistido a fenómenos extremos, a períodos frequentes de calor anormal, seca e outros gemidos da terra que são apenas algumas expressões palpáveis duma doença silenciosa que nos afeta a todos”. (Laudate Deum, 5)

O Santo Padre não chama a atenção dos cristãos e do mundo inteiro à toa. As catástrofes naturais que assolam o Brasil e o mundo são provas concretas, visíveis, claras de que o Planeta não está bem.

Teologicamente, a busca pela ecologia integral é parte fundamental para a busca de uma humanidade integral, também. O ser humano não vive sem o Planeta. As Sagradas Escrituras nos mostram que, ao criar o ser humano, Deus o designou para que ele cuidasse da criação (cf. Gn 1,28-31), mas o próprio homem foi criado a partir da terra (cf. Gn 2,7). Isso mostra a profunda ligação que o ser humano tem para com o mundo.

Essa busca pela integralidade do ser humano é, também, parte da Redenção que Cristo nos deu pela sua Morte e Ressurreição. Cristo não redime; não salva apenas uma parte, mas o todo. “O que não é assumido, não é redimido” já dizia São Irineu de Lion.

Assumir a ecologia como parte fundamental da nossa existência é, também, buscar converter os nossos pensamentos e o nosso modo de agir diante de tanto consumismo e exploração desenfreada do Planeta. Converter-se e buscar cuidar da casa comum é, buscar a Redenção que é dada a toda a criação.

Escrito por:
Fr. Rafael Peres Nunes de Lima C.Ss.R.
Fr. Rafael Peres Nunes de Lima, C.Ss.R.

Missionário Redentorista, Bacharel em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas e graduado em Teologia no Instituto São Paulo de Estudos Superiores – ITESP.

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Por Redação A12, em Igreja

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