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Bispo ucraniano após encontro com Leão XIV: “Levo a bênção do Papa ao meu país sofredor”

Dom Pavlo Honcharuk participou da Audiência Geral e fez dramáticos relatos da rotina religiosa no país assolado pela guerra

Escrito por Redação A12

25 JUN 2025 - 11H22 (Atualizada em 26 JUN 2025 - 07H51)

Reprodução/Vatican Media

O Bispo de Kharkiv Zaporizhzhia, Dom Pavlo Honcharuk, esteve no Vaticano na última semana, quando participou da Audiência Geral de 18 de junho. O sacerdote teve um breve encontro com o Papa Leão XIV, onde recebeu a bênção do Santo Padre.

“Quando o Papa chegou, sua própria pessoa, seu rosto transmitia paz e tranquilidade. Essa foi a primeira impressão. Cumprimentei-o e pedi uma bênção para mim, para os padres, para as freiras, para a diocese e para todo o povo ucraniano. Ele respondeu: ‘Eu vos abençoo’. Foi breve, mas deixou uma marca muito positiva em meu coração, contou Honcharuk.

A paz que o jovem bispo de 47 anos encontrou no Vaticano contrasta fortemente com a dura realidade que a Ucrânia enfrenta na guerra travada contra a Rússia, que desde fevereiro de 2022 assola o país do leste europeu.

“São bombardeados parques infantis onde estão as crianças, empresas, fazendas… Está ocorrendo uma destruição total de tudo o que se move, de tudo o que as pessoas construíram. Aldeias e cidades inteiras foram destruídas”, relatou o Bispo de Kharkiv à imprensa oficial do Vaticano.


Reprodução/Vatican Media Reprodução/Vatican Media Dom Pavlo Honcharuk, bispo de Kharkiv, na Ucrânia


Falando dos
habitantes que permanecem em Kharkiv apesar da guerra, dom Honcharuk conta que dos dois milhões e setecentos mil habitantes que lá viviam antes da guerra, restaram cerca de 500 mil, aos quais se juntaram outros tantos deslocados de várias cidades e vilarejos da região.

Desde o início da invasão russa, o bispo católico romano de Kharkiv-Zaporizhzhia esteve sempre ao lado do povo. Os padres de sua diocese também continuam, como sempre, seu serviço, apesar do número de paróquias ter diminuído.

“Elas foram destruídas junto com cidades inteiras. Mas onde ainda existem, em geral, os padres permanecem no local, apoiam as pessoas, celebram missas, conduzem orações, confessam, conversam com as pessoas e visitam os doentes”, contou.

O bispo de Kharkiv-Zaporizhzhia observa também que há sempre necessidade de ajuda humanitária, que diminuiu. Temos organizações maiores, como a Caritas, mas também associações menores nas paróquias que são muito eficazes. A Igreja vive. Vive porque as pessoas são a Igreja, não apenas os padres. A Igreja somos todos nós, os batizados, e na Ucrânia hoje a Igreja está em defesa do povo. A Igreja está presente nas paróquias e nas ruas”, disse.

Sobre sua missão enquanto bispo de uma área assolada pela tristeza e sofrimento da guerra, Honcharuk fala sobre a importância de apoiar os padres que bravamente seguem seus ofícios:

“Os padres são meus colaboradores mais próximos. Um padre conhece as pessoas, as apoia, chora com elas, compartilha sua dor. Ele recebe golpes fortes e nem sempre tem alguém com quem compartilhá-los. Minha tarefa é apoiar os padres“, finalizou.

Fonte: Vatican News

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