A Policia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga um caso de um perfil na internet conhecido como “Homem Pateta”. A página incentiva crianças e adolescentes a cometer atos de mutilação, faz ameaças as vítimas e até induz ao suicídio.
O suposto dono do perfil é identificado com o nome de Jonatan Galindo e utiliza-se de uma máscara que faz lembrar o personagem da Disney.
A Delegacia Especial da Criança e do Adolescente e a Interpol dão conta que o autor seria Italiano e já havia sido preso no país, porém diversos perfis em Inglês, Espanhol e Português têm aparecido na internet, principalmente no Facebook desde 2017 e, com mensagens perturbadoras, têm conquistado a atenção de vítimas e proposto, via conversas privadas, mensagens de áudio e videochamadas, desafios semelhantes àqueles do caso da Baleia Azul, largamente noticiado anos atrás.
O que motiva este tipo de maldade?
Na avaliação da psicóloga Goretti Dias, é comum encontrar, em criminosos dessa natureza, características de transtornos mentais, o que nos impede de ter um parecer psicológico genérico sobre eles. No entanto, segundo Goretti, todos eles contam com três vias principais em suas abordagens: a vulnerabilidade, o medo e o silêncio de suas vítimas.
Já o psicólogo Carlos Eduardo Soares explica que a criança ou jovem também pode sentir-se desafiado e tenta “provar” que é capaz de realizar a tarefa proposta. “Pagam pra ver, mas não sabem o que os espera lá na frente. Seria proposto um desafio e, caso não cumpra, essa criança ou jovem pode sofrer abusos psicológicos, como o bullying. Quem já tem uma vida de “fracassos” e baixa autoestima não perceberá a noção do perigo do desafio”, alerta.
A recomendação para os pais
Carlos Soares recomenda aos pais que evitem deixar crianças e jovens o tempo todo no celular, que tenham bastante diálogo com eles e, em alguns casos, tenham acesso aos conteúdos do computador e telefones do filhos. “Isso não é invadir a privacidade deles, mas sim, se atentarem a conteúdos e pessoas às quais eles têm acesso".
Goretti orienta que pais ou responsáveis devem prevenir, proteger e fortalecer crianças e jovens no sentido de identificar suas fragilidades, ou seja, detectar, de forma contínua e gradual, os seus padrões de comportamento que possam dar espaço a essas ações criminosas e dialogar sobre elas. “Os perigos sobre os contatos virtuais e a exposição excessiva de sua na vida nas redes sociais precisam ser assuntos que circulam naturalmente durante os bate-papos familiares, afinal de contas, assuntos velados tendem a tomar grandes dimensões dentro do emocional e do imaginário infanto-juvenil”, opina a psicóloga.
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