Mundo

Quando o peregrinar se torna obrigatório para viver

É preciso praticar o acolhimento para estas pessoas, que necessitam de esperança para uma nova vida

Escrito por Beatriz Nery

20 AGO 2024 - 11H03 (Atualizada em 20 AGO 2024 - 15H39)

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A crise migratória global é um dos maiores desafios de nosso tempo, mas também uma oportunidade para vivermos nossa fé de forma concreta. O acolhimento aos migrantes e refugiados é uma resposta ao chamado de Cristo para amar e servir ao próximo, especialmente aos mais vulneráveis diante de conflitos armados, violência, mudanças climáticas e perseguições políticas e religiosas, entre outros.

Na mensagem do Papa Francisco para o 110º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado de 2024, intitulada “Deus caminha com o seu povo”, que será celebrada pela Igreja em 29 de setembro, o Pontífice pede que não viremos as costas para os refugiados que “tiveram que abandonar a sua terra à procura de condições de vida dignas”, mas estejamos “em caminho juntamente com eles”. Afinal, “o encontro com o migrante, bem como com cada irmão e irmã que passa necessidade, é também encontro com Cristo”.

Podemos afirmar que o mundo enfrenta uma das maiores crises migratórias da história. Segundo o relatório mundial sobre a migração lançado em maio deste ano pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) da ONU, existem cerca de 281 milhões de migrantes em todo o mundo, ultrapassando os 117 milhões de pessoas deslocadas em 2022. Entre os principais países de origem dos migrantes, destacam-se a Síria, o Afeganistão, a Venezuela e a Ucrânia.

Yanosh Nemesh/Shutterstock
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Como acolher aos peregrinos com misericórdia?

É preciso manter a esperança destes peregrinos que muito sofrem em busca de uma transformação e mudança de vida.

Eventos como o X Encontro de Bispos e Agentes de Pastoral Migratória das regiões da América Central, do Norte e Caribe, que está sendo realizado desde segunda (18) no Panamá, com o tema “Caminhando junto com o migrante e refugiado”, são iniciativas que prezam compreender, com urgência, o acompanhamento da Igreja Católica sobre a crise migratória, com critérios claros de ação pastoral, respeitando as normas dos países de acolhimento, sobretudo assegurando que os direitos humanos dos migrantes e refugiados sejam garantidos.

Porém, muitas vezes, vivemos com o sentimento conflituoso da impotência, por pensarmos que é uma realidade distante do Brasil. Porém, o governo brasileiro reconheceu 77.193 pessoas como refugiadas em 2023. A partir daí, podemos demonstrar compaixão com gestos simples, por meio de um ambiente de hospitalidade, enriquecido pela solidariedade, empatia e fé.

Leia MaisMigrantes sobre Papa: “um pastor de todos”A condição dos imigrantes e refugiados no BrasilAcolhimento digno: cada migrante é um indivíduo que merece atenções a suas necessidades básicas, desde ouvir suas histórias até alimentação e abrigo.

Solidariedade e fraternidade: incentive sua comunidade em ações de voluntariado para transmitir apoio aos migrantes

Educação: mobilizar paróquias e escolas no intuito de entender a situação migratória e organizar campanhas de acolhimento e respeito

Anunciar a esperança: compartilhar com os migrantes a mensagem de esperança do Evangelho, que nos lembra que somos todos peregrinos em busca do Reino de Deus.

Oração e intercessão: rezar pelos migrantes e pelas suas famílias, pedindo a Deus que os guie e proteja em sua jornada.

:: Oração por todos os migrantes e refugiados

Fonte: Vatican News

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