Santo Padre

7 momentos marcantes da viagem do Papa para a Ásia e Oceania

Entenda também o legado que fica para a evangelização dos povos dos dois continentes

Escrito por Redação A12

16 SET 2024 - 13H44 (Atualizada em 16 SET 2024 - 16H46)

Vatican Media

Nos 12 dias de viagem do Papa Francisco para a Ásia e Oceania, em sua 45ª Viagem Apostólica, a mais longa de seu pontificado, ocorreram momentos memoráveis que reforçam a preocupação do Santo Padre em estar próximo, iniciar ou continuar diálogos em prol da evangelização e do ecumenismo.

Muitas ocasiões foram memoráveis, mas vale destacar 7 ocasiões que marcaram a passagem do Pontífice pela Indonésia, Timor-Leste, Papua-Nova Guiné e Singapura:

“Túnel da fraternidade”

O Papa, ao lado do Grande Imã de Jacarta, assinaram um documento inter-religioso como um sinal e uma semente de esperança. Os gestos de amizade e de afeto que o Bispo de Roma e o Imã trocaram entre si chamaram a atenção de muitas pessoas no maior país muçulmano do mundo.

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Visita a missionários em Papua-Nova Guiné

Quando jovem padre, Jorge Bergoglio sonhava em ser missionário no Japão. Diante disso, se reuniu com três missionários de origem argentina e seu povo, em um dos locais mais periféricos do mundo, a cidade de Vanimo, levando consigo uma tonelada de ajuda e presentes. Lá foi abraçado por homens e mulheres em seus trajes coloridos. Ser missionário significa, antes de mais nada, compartilhar a vida, os muitos problemas e as esperanças desse povo que vive na precariedade, imerso em uma natureza exuberante.

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Humildade e disposição do presidente do Timor-Leste

Em Dili, no Timor-Leste, após a conclusão dos discursos oficiais, o Presidente da República, José Manuel Ramos-Horta abaixou-se para ajudar o Papa a colocar os pés nos apoios de sua cadeira de rodas. No país mais católico do mundo, a fé é um forte elemento de identidade e o papel da Igreja foi decisivo no processo que levou à independência da Indonésia.

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Abraço do papa às crianças com deficiência

O Papa deu um abraço comovente nas crianças com deficiência cuidadas pelas religiosas da escola Irmãs Alma. São gestos para lembrar que essas crianças que precisam de tudo, ao se deixarem cuidar, nos ensinam a nos deixarmos cuidar por Deus. A resposta de Francisco foi a proximidade e o abraço.

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Povo fervoroso do Timor-Leste

Cerca de 600 mil timorenses estavam presentes à espera do Papa na esplanada de Taci Tolu, após esperar horas e horas sob o sol escaldante. Francisco ficou impressionado com a recepção e o calor humano em um país que, depois de lutar para conquistar sua independência da Indonésia, está lentamente construindo seu futuro. Uma esperança para a Igreja. Uma esperança para o mundo.

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De países mais pobres para a desenvolvida Singapura

Papa deixou o Timor-Leste, país mais necessitado, para chegar a Singapura, com os arranha-céus altíssimos e moderníssimos em um país desenvolvido e rico. Aqui também, onde a prosperidade é evidente em cada canto, onde a vida é organizada e o transporte é muito rápido, Francisco abraçou a todos e indicou o caminho do amor, da harmonia e da fraternidade.

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A vitalidade do Papa

Muitos duvidaram que o Papa resistiria com fôlego uma viagem tão longa em seus 87 anos, porém, foi visível que ele recuperou energia. Encontrou os jovens de vários países, abandonando o texto escrito e dialogando com eles, revigorando-se no espírito, mas também no corpo.

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O legado da viagem

A viagem do Papa à Ásia inspirou muitas pessoas. Com seus encontros e maneira de ouvir, Papa Francisco também enviou um importante sinal contra o eurocentrismo, afirma o jesuíta Stephan Rothlin, diretor do Instituto Ricci, de Macau, no sul da China, em entrevista à Rádio Vaticano. O

“As reações que ouvi foram muito positivas. Pessoas de origens muito diferentes ficaram realmente comovidas com o fato de o Papa estar fazendo essa árdua viagem. E, é claro, ficaram muito felizes por ele ter demonstrado seu grande amor pelas pessoas, pelos diferentes povos da Ásia e também pela Igreja na Ásia de uma maneira tão impressionante. Até mesmo os chineses do continente que conheci me disseram que a resposta foi muito positiva”.

Um dos pontos a ser destacados é um diálogo mais aberto com a Ásia e a Oceania, visando um contato com a China. Stephan também reforça o progresso voltado à ecologia, também bem quista por esses continentes.

“E é por isso que, em minhas relações com vários grupos, a mensagem da encíclica Laudato si', por exemplo, é extremamente importante, mas também muito significativa no contexto da Ásia. É uma abordagem concreta, em que não nos limitamos a falar da boca para fora. Pelo contrário, podemos ver um compromisso de melhorar essa catástrofe ambiental trabalhando juntos.”

Para ele, o modo sensível de Francisco agir, colocando os encontros como genuínos e não eventos de massa, fazendo-se despertar para a Ásia, é um dos verdadeiros legados.

“Em minha opinião, como essa viagem demonstra de forma impressionante, a estratégia do Papa de realmente ouvir a Ásia e ser transformado por ela, é muito importante. Especialmente na Europa e nos Estados Unidos, onde as pessoas caem em preconceitos precipitados ou em imagens simplistas e negativas da Ásia. Acredito que levará consigo muitas percepções e incentivos para sua estratégia na Ásia.”

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