O primeiro compromisso do Papa Francisco ao chegar em Roma ontem (27) foi uma visita à Basílica de Santa Maria Maior. Nas mãos, o Papa trazia uma bola com o símbolo da JMJRio2013 e uma camisa com as cores do Brasil, que entregou no altar da igreja. Durante dez minutos, o Papa rezou diante da Imagem.
Em toda a sua estadia no Brasil, sua primeira Viagem Apostólica Internacional, o Papa pedia constantemente em suas homilias e pronunciamentos que rezassem por ele, mas também incluía todos em suas orações. O gesto marca o agradecimento do Pontífice por uma viagem, que segundo o próprio Papa, disse ter feito “muito bem espiritualmente” para ele.
Durante o voo de retorno à Itália, o Papa falou abertamente com jornalistas credenciados pelo Vaticano. Em tom esclarecedor e franco, o Papa fez um balanço sobre sua viagem e sobre outros assuntos.
“Esta foi uma viagem linda e me fez muito bem espiritualmente. Estou bastante cansado, mas com o coração alegre… Encontrar as pessoas faz bem, porque o Senhor trabalha em cada um de nós, trabalha em nosso coração: a sua riqueza é tão grande, que podemos receber muitas coisas boas dos outros”, disse o Papa logo no início de sua fala.
Sobre a visita ao Brasil e a preocupação com sua segurança, o Papa afirmou que sentiu-se muito bem e seguro ao ficar próximo do povo.
“Estava tudo cronometrado… Mas, era bonito… Se pensava só na segurança… aqui, ali…mas tudo foi tão espontâneo nestes dias no Rio de Janeiro, tanto que a hipótese da segurança passou em segundo lugar. Com menos segurança e sem carro blindado, eu pude estar mais próximo do povo, abraçá-lo, cumprimentá-lo, sem carro blindado. A segurança consiste em confiar no povo! É verdade, a gente sempre corre o risco de encontrar algum louco, que pode pôr em risco a vida. Mas, o Senhor sempre está presente… blindar o espaço entre o Bispo e seu povo é uma loucura! Mas, eu prefiro esta loucura de estar entre seu povo, livremente; o contato com as pessoas faz sempre bem”.
O Papa falou ainda sobre a generosidade e a alegria, características marcantes do povo brasileiro.
“Depois, eu diria que a bondade, o coração do povo brasileiro é grande, é verdade, é grande! É um povo tão amável que ama a festa, que também no sofrimento sempre encontra uma maneira para buscar o bem em toda parte. E isto é bom: é um povo alegre, um povo que sofreu tanto. É contagiosa a alegria dos brasileiros, é contagiosa! E tem um grande coração este povo”.
Sobre a breve visita a Aparecida (SP), o Pontífice recordou que foi um momento marcante. “Para mim, foi uma experiência religiosa muito forte. Lembrei-me da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, Conferência esta realizada em Aparecida. Eu queria ir ali, de forma privada, escondida, só para rezar, mas havia uma multidão impressionante! Mas, não era possível, isto o sabia antes de chegar. E rezamos, nós todos!”.
Sobre o número de jovens que participaram da JMJ, contou que ficou surpreso ao saber da quantidade de pessoas que estavam na Praia de Copacabana.
“Depois, o número, o número de jovens. Eu não podia acreditar, mas hoje o governador falava de 3 milhões. Não posso acreditar. Mas do altar….isto parece ser verdade! Não sei se vocês, se alguns de vocês estiveram no altar: do altar até o fim, era toda a praia cheia, até a curva, mais de 4 km. Nossa, tantos jovens! E Dom Orani Tempesta me disse que eram de 178 países: 178. Também o vice-presidente me deu este número. É importante. Forte!”, declarou.
Nesta terça-feira (3o) o Papa Francisco não tem nenhum compromisso em sua agenda. Durante a semana, o Papa deve rezar o tradicional Angelus no domingo e antes, na quarta-feira (31), reza pela manhã, por ocasião da festa de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, a Santa Missa com os jesuítas na Igreja de Jesus, centro histórico de Roma.
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