Mais uma festa em honra ao Senhor do Bonfim, em Salvador (BA), foi encerrada no último domingo (13). Foram 10 dias de um elo vibrante entre a espiritualidade e a tradição que atraiu devotos e amantes da cultura para uma jornada única e festiva.
Leia MaisConheça o Santuário da Medalha Milagrosa em Monte Sião (MG)Conheça o santuário gaúcho de Nossa Senhora Medianeira Conheça o Santuário de Frei Galvão em Guaratinguetá (SP)Na Missa de encerramento, Cônego Edson Menezes da Silva Reitor e Capelão da Basílica Santuário Senhor do Bonfim, enfatizou a missão da Igreja, dos religiosos, leigos e do povo de Deus em não desistir da evangelização a partir da tradicional devoção e do templo que em 2024 completa 270 anos.
“Temos um caminho longo a percorrer, exercitando o diálogo, cultivando a amizade, o respeito mútuo, a confiança, a humildade e a compreensão de que Ele, Nosso Senhor do Bonfim é o único protagonista da Colina Sagrada e nós, servidores que acolhem a todos que aqui chegam, reconhecendo-os como irmãos. A nossa missão passa, pois o Senhor do Bonfim é o único que permanecerá para sempre e Seu reino não terá fim!”.

Nosso Senhor do Bonfim, segundo a devoção católica, é uma figuração de Jesus Cristo, adorado na visão de sua morte. A devoção começou em Setúbal, Portugal em 1669, mas acredita-se que foi introduzida desde a conquista dos Cristãos no território em 1217. O culto ao Senhor do Bonfim é bem parecido com o que acontece com a Virgem Maria, figura cultuada no catolicismo sob diferentes nomes.
A devoção ganha forças com os portugueses quando Dom João V, diante da imagem do Senhor, fez promessas pelo restabelecimento da saúde de seu pai, o imperador Dom Pedro II de Portugal. Theodózio Rodrigues de Faria, capitão-de-mar-e-guerra da marinha portuguesa, fervoroso devoto do Senhor do Bonfim, havia feito uma promessa durante uma tempestade de que, se sobrevivesse, traria para o Brasil as imagens do Senhor Jesus do Bonfim e de Nossa Senhora da Guia.
Assim, em abril de 1745, uma réplica foi trazida da sua terra natal, Setúbal, iniciando a construção da Igreja do Senhor do Bonfim.
Mas não foi somente a igreja que foi construída: neste momento começou a “Devoção do Senhor Bom Jesus do Bonfim”, Irmandade de leigos reconhecida pelo então Arcebispo Dom José Botelho de Matos, presente na fundação da mesma.

A capela teve suas obras iniciadas em 1746, e no dia 24 de junho de 1754, após a conclusão das obras internas, foi trazida da Capela da Penha para a Colina do Bonfim a sagrada imagem, em procissão, onde o vice-rei esteve presente junto da população, na celebração de missa solene.
Era apenas uma capela, mas com a crescente devoção foram realizadas melhorias. Além disso, a região cresceu como área de veraneio da burguesia baiana, recebendo grandes comerciantes, fazendeiros, governadores e o Arcebispo. O templo recebeu inúmeras reformas, ganhou pintura no teto e firmou parceria com a cidade de Salvador.
A Igreja tem a arquitetura em estilo neoclássico e a fachada em rococó, acompanhando o modelo das igrejas portuguesas dos séculos XVIII e XIX. O que se destaca na obra são os belos afrescos e azulejaria que compõem o interior da igreja, além da grande fé que leva centenas de devotos diariamente ao lugar.

Em 1772, as obras da capela foram concluídas. No ano seguinte, a festa litúrgica do Bonfim passou a ser celebrada no segundo Domingo da Epifania (2º domingo de janeiro), com autorização do Arcebispo Dom Sebastião Monteiro de Vide. Também naquele ano iniciou a tradição da lavagem da Igreja, quando os integrantes da "Irmandade dos Devotos Leigos" obrigaram os escravos a lavarem a Igreja como parte dos preparativos para a festa do Senhor do Bonfim, no segundo domingo de janeiro, depois do Dia de Reis. Com o tempo, foi proibida a lavagem na parte interna do templo e o ritual foi transferido para as escadarias e o adro.
A festa de Nossa Senhora da Guia começou a ser celebrada na segunda-feira após o encerramento da festa do Senhor do Bonfim em 1792.
A Capela foi elevada a “Basílica Menor” em 1927 pelo Papa Pio XI e em 1954 iniciaram as missas vespertinas e em 1975 é criado o Museu dos ex-votos, onde todos os devotos podem deixar os objetos trazidos, símbolos de sua fé.
No dia 20 de outubro de 1991, São João Paulo II visitou a Basílica e rezou aos pés do Senhor do Bonfim, presenteando a Devoção com um cálice de prata dourada. O Senhor do Bonfim é um ícone da fé baiana, atraindo muitos devotos, turistas e peregrinos.
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