Por Redação A12 Em Santo Padre Atualizada em 03 MAR 2020 - 14H48

Papa Francisco fala aos bispos no Encontro Mundial das Famílias

O Santo Padre, o Papa Francisco, encontrou-se neste domingo (27) com os bispos participantes do Encontro Mundial das Famílias, no Seminário São Carlos Borromeu, na Filadélfia (EUA).

Francisco falou aos bispos sobre como a família é a feliz confirmação da bênção de Deus à obra-prima da criação. “A família é o lugar fundamental da aliança da Igreja com a criação de Deus. Sem a família, a Igreja também não existiria: não poderia ser aquilo que deve ser, isto é, sinal e instrumento da unidade do gênero humano (cf. Lumen gentium, 1)”.

O Papa falou sobre as transformações do contexto atual, que incide sobre a cultura social – e agora também legal – dos laços familiares e que nos afeta a todos, crentes e não crentes.

“O cristão não está «imune» das mudanças do seu tempo; e este mundo concreto, com as suas múltiplas problemáticas e possibilidades, é o lugar onde temos de viver, acreditar e anunciar”.

Para descrever a situação atual, o Santo Padre fez alusão a pequenas lojas e os grandes supermercados ou centros comerciais.

“O mundo parece que se tornou um grande supermercado, onde a cultura adquiriu uma dinâmica competitiva. Já não se vende a crédito, não se pode confiar nos outros. Não há ligação pessoal, relação de vizinhança. A cultura atual parece incentivar as pessoas para entrarem na dinâmica de não se prender a nada nem a ninguém. Não confiar, nem fiar-se. É que hoje a coisa mais importante parece ser esta: correr atrás da última tendência ou atividade”.

Francisco convidou os bispos que procurem, acompanhem, ergam e curem as feridas do nosso tempo.

“Olhar a realidade com os olhos deem quem sabe que é chamado a mover-se, é chamado à conversão pastoral. O mundo atual pede-nos com insistência esta conversão. «É vital que hoje a Igreja saia para anunciar o Evangelho a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora, sem repugnâncias e sem medo. A alegria do Evangelho é para todo o povo, não se pode excluir ninguém» (Evangelii gaudium, 23)”.

O Santo Padre pediu que os bispo possam encorajar os jovens a formar uma família, optando pelo matrimônio:

“Como pastores, nós bispos, somos chamados a reunir as forças e a relançar o entusiasmo pelo nascimento de famílias que correspondam mais plenamente à bênção de Deus, segundo a sua vocação. Devemos investir as nossas energias não tanto para explicar uma vez e outra os defeitos da atual condição hodierna e os valores do cristianismo, como, sobretudo convidar com audácia os jovens a serem ousados na opção do matrimônio e da família”.

Francisco ainda ressaltou que o bispo tem a missão de pastorear com a oração e anúncio.

“O bom pastor renuncia a afetos familiares próprios, para destinar todas as suas forças – e a graça da sua vocação especial – à bênção evangélica dos afetos do homem e da mulher que dão vida ao desígnio da criação de Deus, a começar pelos afetos perdidos, abandonados, feridos, arrasados, humilhados e privados da sua dignidade. Esta entrega total ao amor de Deus não é, por certo, uma vocação alheia à ternura e ao bem-querer! Bastar-nos-á olhar para Jesus, para entendermos isso (cf. Mt19,12). A missão do bom pastor segundo o estilo de Deus – só Deus o pode autorizar, não a sua presunção! – imita, em tudo e para tudo, o estilo afetivo do Filho para com o Pai, que se reflete na ternura da sua entrega: em favor, e por amor, dos homens e mulheres da família humana”.

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