Por Elisangela Cavalheiro Em Igreja

Arquidiocese de Goiânia promove curso para fortalecer acompanhamento de famílias enlutadas

Para confortar famílias enlutadas, a Arquidiocese de Goiânia promoveu na tarde de ontem (15) o curso de formação de agentes da Pastoral da Esperança. 

perda“Quando uma família procura a Igreja para pedir uma oração de exéquias ou para marcar uma missa de sétimo dia, que tipo de atendimento estamos dando? Há uma preocupação pastoral em dar a estas famílias conforto e presença solidária nesses momentos tão sensíveis da vida de quem perde um ente querido?”. Estes foram os questionamentos levantados pela arquidiocese aos inúmeros agentes que participaram do curso na tarde de sábado, no Centro de Pastoral Dom Fernando. 

Padre Elenivaldo dos Santos, responsável pela iniciativa arquidiocesana, destaca que essa pastoral deve ser uma “porta” sempre aberta para as pessoas que passam pela perda de um ente querido. 

De acordo com padre Elenivaldo, o curso deve favorecer uma melhor organização da pastoral em nível arquidiocese e fortalecer o trabalho existente junto às famílias enlutadas. 

Confira entrevista concedida ao A12: 

A12 – Qual a importância da Pastoral da Esperança para a Igreja? 
Padre Elenivaldo dos Santos – A Pastoral da Esperança é a porta que as pessoas que passam por situação de luto devem encontrar aberta. A Igreja é aquela “hospedaria” à qual o Bom Samaritano, que é Jesus, confia os que Ele encontra caídos e feridos.

Por isso, é importante que a paróquia e mesmo cada pequena comunidade tenha uma equipe, um grupo de pessoas preparadas e disponíveis para acolher, confortar e dar esperança. 

 

"É importante uma formação humana, psicológica e espiritual para os agentes que se dispõem a ajudar nesta missão". 

A12 – A preparação dos agentes é fundamental para um bom trabalho de acolhida e conforto às famílias? 
Padre Elenivaldo – As pessoas quando recebem a notícia de que um ente querido morreu, reagem das mais diversas maneiras. Mas uma coisa é certa: experimentam a fragilidade e a dor. Por isso é importante uma formação humana, psicológica e espiritual para os agentes que se dispõem a ajudar nesta missão. Saber como se comportar, o que dizer e, principalmente, o que não dizer. Importante ressaltar a importância de saber o que a Igreja diz sobre a morte, sobre o destino após a morte etc. 

A12 – Essa pastoral pretende ser organizada em toda a arquidiocese? Já há algum tipo de iniciativa nesse campo? 
Padre Elenivaldo – Sim, nosso projeto é implantar em todas as paróquias e comunidades as equipes da Pastoral da Esperança. Algumas paróquias já montaram suas equipes, outras já iniciaram suas atividades e a meta agora é dar formação aos agentes. 

A12 – Quais serviços essa pastoral pode prestar? 
Padre Elenivaldo – Na Arquidiocese fazemos o plantão de atendimentos nos cemitérios da capital e região metropolitana. Trata-se de equipes que ficam de prontidão para ajudar nas celebrações de exéquias (encomendação). A escala já fica exposta nos murais das salas de velório. 

 

"Uma bela iniciativa é a 'Missão Esperança', que mobiliza centenas de missionários leigos que fazem a abordagem das pessoas nos cemitérios no dia de Finados".

Além disso, estamos formando as equipes de acompanhamento às famílias lá onde elas vivem, pois quase sempre os velórios ocorrem longe das comunidades onde essas pessoas moram. Ali vemos a possibilidade de um serviço de evangelização através das celebrações dos “sete dias”, que consiste em acompanhar a família e os amigos neste período, realizando pequenos encontros na residência. 

Possibilitamos ainda a celebração da Eucaristia nos cemitérios, especialmente em datas significativas como, por exemplo, véspera do dia das mães e dos pais e, claro, dia de Finados.

Uma bela iniciativa é a “Missão Esperança”, que mobiliza centenas de missionários leigos que fazem a abordagem das pessoas nos cemitérios no dia de Finados. Ali esses missionários informam sobre horários de missas, entregam orações para as pessoas e até rezam com elas nos túmulos. É um trabalho bem planejado e gratificante.

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