Cururupu (MA) acolhe Santas Missões Redentoristas

Cururupu é um termo derivado da língua indígena Tupi que significa “barulho de sapo”. Este termo dá nome a um município do Maranhão que nos meses de outubro e novembro está recebendo a graça das Santas Missões. O município tem uma área geográfica com mais de 1,2 mil km2 e localiza-se na região norte do estado do Maranhão; tem população estimada de 35 mil habitantes e dista 465 km da capital São Luís.

As Santas Missões em Cururupu estão sendo conduzidas pelos missionários redentoristas da Equipe de Lages (SC), reforçada por missionários de outras equipes do Brasil, entre eles o Padre Toninho Dezidério, de São Paulo e o Pe. Aloísio Mota, da Vice-Província da Bahia, que está fazendo um estágio pastoral na Província de São Paulo.

Na cidade existem duas paróquias, a de São João Batista, cujo pároco é o padre Ronald Tavares Ferreira e a de São Jorge, localizada no Bairro Areia Branca, cujo pároco e o padre Henrique Jorge.

 O que os missionários encontraram em Cururupu?

Fotos: Santas Missões Redentoristas

Depois de vários meses de preparação e de um contato intensificado com as 64 comunidades que formam as duas paróquias, os missionários encontraram uma população totalmente desassistida pelos poderes públicos, sofrendo com as péssimas condições de transporte, com a ausência de saneamento básico e com uma infraestrutura escolar e de saúde muito precária. Isso é comum no estado do Maranhão, reduto político-eleitoral do clã Sarney, considerado um dos mais pobres da federação.

Mas ao mesmo tempo encontraram uma população sedenta em ouvir a Palavra de Deus, uma população que acolheu com alegria os missionários e que estão participando com fervor e aproveitando a graça das Santas Missões.

As comunidades rurais, sobretudo, sofrem com a dificuldade de meios de transporte e comunicação. O contato com as comunidades existentes nas ilhas é feito por meio de barcos e elas são bastante isoladas, mas mesmo assim os missionários chegaram até essas comunidades com uma palavra de fé e esperança.

No município de Cururupu existem diversas comunidades quilombolas que sofrem com a falta de demarcação de suas terras e com a perda de sua cultura, mas também neste caso a fé e a vida de comunidade é um elemento que ajuda na resistência e na preservação de sua cultura.

As Santas Missões redentoristas continuam cumprindo o desígnio de Santo Afonso, nosso santo fundador. Pelo carisma que dele herdamos, nós os redentoristas devemos ir ao encontro dos mais abandonados e é exatamente este povo que está sendo servido na região nordeste de nosso país.

Testemunho

Padre Aloisio Mota, 33 anos, natural de Salvador (BA) é padre faz sete anos. Ele foi convidado a ajudar outros padres redentoristas no desafio das Missoes no Norte do Estado do Maranhao. "Aqui somos apenas sete padres para atingir duas paróquias, com estradas difíceis e muitas ilhas cujo acesso e precário. Com certeza, os maiores desafios e que somos poucos e as distâncias sao enormes", conta.

Ele saiu deu Aparecida no dia 1º de novembros, rumo à Guarulhos (SP), pegou o voo até Recife (PE), e de lá voou até São Luiz, no Maranhão. "Nesta cidades pousamos na casa de Nossos confrades Redentoristas e , no dia seguinte, fizemos uma longa maratona até Cururupu, distante cerca de 460 km da Capital. Foram 30 minutos de carro até o terminal das Vans, mais 15 até o Porto e mais uma hora e vinte de navio até Condubal, onde, desta vez por terra, viajamos mais cerca de meia hora até a Igreja Matriz de São João Batista", detalha.

Padre Aloísio afirma que a comunidade de Cururupu é carente, maioria católica tradicional, majoritariamente negra. É um povo muito acolhedor, simpático e festivo. "Cada uma das duas paroquias da cidade possui muitas comunidades rurais e urbanas. As Ilhas são um caso à parte, pois sofrem abandono politico, social e os padres se esforçam para estar junto ao povo", partilha.

Padre Aloísio destaca que chamou à atenção o quanto a TV Aparecida é assistida. Aproveitou para mandar um recado ao Programa Bem-Vindo Romeiro, um dos preferidos da comunidade. Veja o vídeo.

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