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“Novena del Santo Natale colle meditazione per tutti i giorni dell’Avento sino all’ottava dela Epifania” foi publicado a primeira vez em 1758, em Nápoles. O próprio Santo Afonso na primeira reflexão dá a motivação para a obra: “Muitos cristãos costumam preparar com bastante antecedência em suas casas um presépio para representar o nascimento de Jesus Cristo. Mas há poucos que pensam em preparar seus corações, a fim que o Menino Jesus possa neles nascer e repousar. Sejamos nós desse pequeno número: procuremos dispor-nos dignamente para arder desse fogo divino, que torna as almas contentes neste mundo e felizes no céu.”
Como observa Pe. Oreste Gregório, no texto “Do princípio ao fim circula uma ideia fundamental: a cruz tem suas raízes no berço; em Belém começa o Calvário do Verbo encarnado”. Essa ideia aflora em todo o texto. Santo Afonso jamais perde de vista o drama sangrento do Redentor, e com insistência o traz à memória dos fiéis, para despertar uma resposta de gratidão e amor generoso.
Apresentamos apenas as 10 reflexões sobre a Encarnação, retiradas do volume publicado em 1946 “Encarnação – Nascimento e Infância de Jesus Cristo”, Editora Vozes Ltda., Petrópolis.
Muitos cristãos costumam preparar com bastante antecedência em suas casas um presépio para representar o nascimento de Jesus Cristo. Mas há poucos que pensam em preparar seus corações, a fim que o Menino Jesus possa neles nascer e repousar. Sejamos nós desse pequeno número: procuremos dispor-nos dignamente para arder desse fogo divino, que torna as almas contentes neste mundo e felizes no céu. Consideremos neste primeiro dia que o Verbo Eterno justamente para esse fim, de Deus se fez homem, para inflamar-nos de seu divino amor. Peçamos a Nosso Senhor Jesus Cristo e a sua Santíssima Mãe nos iluminem sobre esse mistério, e comecemos.
Ora esse Deus tão grande se fez criança, e para quem? Por nós: Nasceu-nos um Menino, disse ainda Isaías. Mas para que fim? S. Ambrósio responde: ‘Fez-se pequeno para nos tornar grandes; quis ser envolvido em paninhos para nos livrar das cadeias da morte; desceu à terra a fim de que pudéssemos subir ao céu’. Eis pois o Ser imenso feito criança; Aquele que os céus não podem conter, ei-lo enfeixado em pobres paninhos, e deitado num presépio estreito e grosseiro, sobre um pouco de palhas que lhe servem de leito e de travesseiro!
Regozijai-vos, pois, almas fiéis, que amais a Deus e que esperais nele; regozijai-vos. Se é grande o dano que nos veio do pecado de Adão e sobretudo dos nossos pecados, Jesus Cristo o compensou com usura, resgatando-nos: Onde abundou o pecado, superabundou a graça. Pela graça de nosso Redentor, ganhamos mais do que perdemos pela malícia do pecado. Também Nosso Senhor disse: Eu vim proporcionar ao homem uma vida mais abundante e melhor do que aquela da qual o pecado o havia despojado. O dom de Deus excedeu o pecado, escreveu o apóstolo. Grande foi o pecado do homem; porém maior é o benefício da redenção.
Vai, pois, pecador, ao estábulo de Belém, e agradece a Jesus Menino que treme de frio por ti naquela gruta, que geme e chora por ti sobre a palha. Agradece a teu divino Redentor que veio do céu para te chamar e salvar. Se desejas o perdão, Ele te espera no presépio para te conceder. Apressa-te, pois, pede-lhe perdão e depois não percas a lembrança do amor que Jesus te testemunhou. Não te esqueças da imensa graça que te fez, tornando-se fiador por ti junto de Deus e tomando sobre si o castigo que havias merecido. Não o esqueças e dá-lhe o teu coração.
O Filho de Deus, vindo à terra e tomando a natureza humana, quis ocultar a sua força. Quando veio ao mundo revestir-se da nossa carne, quis mostrar-se fraco, para remediar por sua fraqueza a nossa enfermidade e operar a nossa salvação. Eis o Deus que governa os céus, envolto em panos, sem mesmo poder mover os braços. Contemplai-o na oficina de Nazaré, cansado e suando sob o peso da madeira. Aquele que com um aceno criou o universo, quis agora trabalhar com as mãos humanas. Eis até onde chegou o amor de um Deus: de todo-poderoso, fez-se fraco para se fazer amar pelos homens.
E ei-lo descido do céu a um estábulo; ei-lo criancinha, nascido por nós e feito todo nosso: Nasceu-nos um Menino, foi-nos dado um Filho. É precisamente isso que o anjo quis dar a entender quando disse aos pastores: Nasceu-vos hoje um Salvador; — como se dissesse: Ó homens, ide à gruta de Belém e adorai o Menino que lá achareis deitado sobre a palha, num presépio, tremendo de frio e chorando; sabei que é o vosso Deus; não quis mandar um outro para salvar-vos, mas quis vir em pessoa, a fim de obter assim todo o vosso amor.
Nosso Redentor veio ensinar-nos, mais pelo exemplo de sua vida do que por sua doutrina, a amar a mortificação dos sentidos; e é por isso que, de feliz que Ele é e sempre foi, se fez padecente. Poderia ter vivido na terra em delícias e honras, pois é o Rei do universo, mas escolheu a cruz, renunciou a todo prazer e abraçou uma vida cheia de sofrimentos e humilhações. Desde o primeiro instante de sua existência, quis ter diante dos olhos a imagem dos tormentos que padeceria por nosso amor. E, em todo o tempo de sua vida, o pensamento do sacrifício o acompanhou, não por temor, mas por desejo ardente de cumprir a vontade do Pai e conquistar o coração dos homens.
Nosso Deus, Senhor de todas as riquezas do céu e da terra, quis nascer e viver pobre para nos ensinar o verdadeiro valor das coisas. Ele, que é o dono de tudo, preferiu a palha de uma gruta ao conforto de um palácio, e escolheu por companheira a pobreza, para que aprendêssemos com Ele a desprezar os bens passageiros e buscar os eternos. Que exemplo mais forte do que ver o Rei dos reis envolto em panos, reclinado numa manjedoura e sustentado apenas pelo amor de sua Mãe? Eis o Deus que se fez pequeno para nos enriquecer de graça, o Senhor que, sendo forte, quis mostrar-se fraco para conquistar o nosso coração.
“Eis o que admirar: um Deus num estábulo, um Deus sobre a palha! Ó prodígio! Esse Deus onipotente que Isaías viu sentado num trono de glória e majestade nos céus, repousa agora num presépio, desconhecido e abandonado, sem outros cortesãos que dois animais e alguns pobres pastores. Eis também o que amar: o Bem infinito que quis aviltar-se e mostrar-se ao mundo como uma criança pobre, a fim de tornar-se mais amável aos nossos corações. Quanto mais Ele se humilha, tanto mais se faz digno de nosso amor. E eis o que imitar: o Altíssimo, o Rei do céu reduzido ao estado mais humilde, ensinando desde a gruta o caminho da mansidão e da humildade do coração. Que o exemplo do presépio desperte em nós o desejo de seguir o Deus que se abaixou para nos elevar.”
“Vendo-se repelidos de todas as partes, José e Maria saíram da cidade para procurar algum abrigo fora de seus muros. Caminham na noite, guiados pela fé, até que encontram uma gruta simples, fria e úmida, que servia de abrigo aos animais. Ali Maria, em recolhimento e oração, dá à luz o Filho de Deus. Oh! que cena de ternura e de humildade: o Verbo eterno reclinado sobre a palha, a Virgem o acalentando com amor e José o adorando em silêncio! Os anjos, cheios de júbilo, descem do céu para louvar o Senhor e cantar: ‘Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade’. Contemplemos este mistério e aprendamos com Jesus a pobreza, a mansidão e o amor silencioso que redime o mundo.”
Feliz Natal!
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Por Redação, em Redentoristas