Por Pe. Antonio Clayton Sant’Anna, C.Ss.R. Em Artigos Atualizada em 26 MAR 2019 - 13H38

A devoção à Maria dá força ao discipulado

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Ultimamente fala-se muito em discipulado. Ser discípulo e missionário de Jesus. Esse foi o tema refletido e discutido aqui em Aparecida na 5ª CELAM, a Conferência episcopal latino americana e do Caribe, em maio de 2007. A CELAM é formada por representantes de todos os países da América Latina, convidados especiais e assessores autorizados (teólogos, biblistas, canonistas etc). O papa Bento XVI escolhera Aparecida como local do encontro e veio ao Brasil para abri-lo. O fato projetou no mundo todo o Santuário Nacional. E condensou num conceito-chave o esforço da Conferência para revitalizar a maneira de viver a fé católica no Continente. Evangelização e vivência da fé devem levar os cristãos a serem discípulos e missionários conscientes de Cristo como caminho, verdade e vida. O encontro com o Cristo precisa trazer a vida dele no mundo. Enfim, discipulado é seguir Jesus Cristo incondicionalmente e com abrangência total. Viver em comunhão com Ele e com os outros por causa dele e do seu amor. “Por que queremos ser discípulos dele?” Perguntou o papa Bento XVI e respondeu: “Porque queremos encontrar na comunhão com ele a vida verdadeira. Porque ele nos encantou e queremos fazê-lo conhecido dos outros.” (Discurso inaugural).

No Evangelho, além de ser a discípula-modelo, Maria é a mestra do discipulado. Essa interpretação da pessoa de Maria atravessa a Tradição da fé cristã, a reflexão teológica desde os primeiros tempos e o ensino oficial da Igreja até hoje. Tradição, reflexão e ensino inseparáveis da Bíblia. Logo, hoje também se estuda muito o papel, a função de Nossa Senhora dentro da missão de Jesus. O seu significado para a Igreja. Estudar e refletir a importância e a representatividade de Maria enquanto discípula-modelo e mãe do discipulado é o objetivo da Mariologia. Um estudo e pesquisa do seguimento de Jesus em referência à qualidade e exemplaridade da fé vivida por Maria de Nazaré, conforme sua presença no Evangelho e dentro da cultura bíblico-popular do seu tempo. Nisso, ela fica mais perto de nós. Imaginemos aquelas situações comuns da sua vida. Ela foi mãe e esposa, cuidou do seu lar, cuidou de Jesus e de José. Relacionou-se com os familiares e vizinhos. Partilhou os ideais de justiça, as esperanças dos mais pobres, as festas religiosas, as alegrias simples do povo. Sofreu com a rejeição do Filho pelas autoridades. Enfim, uma jovem mulher inserida no Projeto de Deus e na sua gente! São alguns dos aspectos envolvidos na função de Maria dentro do mistério de Jesus. Eles nos permitem ponderar traços marcantes do seu discipulado e venerá-la com devoções maduras e corretas. Assim recebemos dela auxílio e bênção para sermos hoje discípulos e missionários do seu Filho na fidelidade ao Evangelho.

 

 

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