Por Pe. Antonio Clayton Sant’Anna, C.Ss.R. Em Grão de Trigo Atualizada em 26 MAR 2019 - 12H49

A pergunta decisiva para o discipulado

Jesus e os Apóstolos

Lc 9,18-24

HOMILIA 12º Domingo Comum

Se realmente queremos ser cristãos ou discípulos de Jesus Cristo, temos que estar sempre aprendendo mais a respeito dele. Sem saber por experiência de comunhão com ele e por interesse informativo: quem é Jesus Cristo? não é possível segui-lo. Compreender suas palavras. Viver sua moral. Por em prática o seu amor. Eis a pergunta-chave da vida do discípulo-missionário: ”Quem é Jesus Cristo para mim?” Conhecer Jesus é ter uma comunhão de vida plena com ele na fé e na caridade. Em união fraterna cada vez mais estreita e consciente com a sua Igreja: na meditação da Palavra de Deus, na oração, na vida sacramental frequente, no espírito fraterno lutando por justiça, respeito à vida e paz.

Em si, a liturgia, o culto cristão já é catequese oportuna que, na sequência dos domingos, vai nos ajudando a conhecer Jesus. A assimilar no íntimo a luz da Palavra de Deus. A conhecer as propostas e a ética do evangelho. Na Eucaristia deste domingo Jesus nos confronta com a sua pergunta aos apóstolos. A interrogação é incisiva e decisiva para o seguimento dele. A própria Eucaristia enquanto Memorial do Senhor (“Fazei isto em memória de Mim”) fica dependente da nossa resposta que determina a qualidade e o exercício da nossa fé no Cristo. O texto litúrgico do dia nos leva a exata compreensão do Jesus em que a Igreja crê. Leia: Lucas, 9, 18-24.

O capítulo 9 é, no evangelho de Lucas, o momento decisivo do ministério de Jesus na Galileia. Nele encontramos o marco divisório entre as expectativas triunfalistas dos discípulos e o projeto messiânico do Mestre. Os discípulos sonhavam serem companheiros de um “Messias” poderoso, cercados pela glória e pela fama. Jesus procurava ardentemente conhecer a vontade de Deus e lhe ser fiel. Esta vontade aos poucos ficou clara para ele: Jerusalém era a meta final desde a Galiléia, mas ali o aguardava o confronto e a rejeição total.

Lucas vê Jesus em oração em momentos decisivos do seu ensino aos discípulos. Muitas vezes os discípulos se tinham feito a si próprios essa pergunta: “Quem é Jesus”... Admirados e surpresos com suas palavras e prodígios. Agora, após rezar, é o próprio Jesus quem vem lhes perguntar: “O que os homens pensam a meu respeito? Quem sou eu na opinião do povo?” (v.18).

Os apóstolos conheciam a opinião do povo. Não era uma só. Eram muitas e confundiam a identidade de Jesus com alguém do passado bíblico: João Batista, Elias, ou algum dos grandes profetas! No entanto, agora os próprios apóstolos deviam opinar. “Então, para vocês quem sou eu?” (v.20), quis saber deles Jesus. A resposta tinha que ser dada e envolvia um compromisso pessoal. De fato, naquelas circunstâncias, representou o tímido compromisso de uma fé ainda

 

  1. O Senhor é o Cristo de Deus” (v.20). A palavra “Cristo” significa: o ungido, o consagrado, o escolhido. É uma palavra da língua grega e corresponde à palavra: “Messias”, da língua hebraica. Os discípulos percebiam e confessavam ver em Jesus uma relação especial dele com Deus, muito acima de qualquer profeta do passado. Mas, um véu de mistério encobria ainda essa relação na cabeça deles. Jesus era sim o Messias, mas não parecia ter o figurino, a imagem do Messias glorioso que eles esperavam. Quem sabe iria mudar? E corresponder às expectativas deles, um dia!

Era exatamente isso que Jesus não queria. Daí a proibição: “proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém” (v.21). Ele não queria de forma alguma contribuir com uma opinião falsa, diferente da Bíblia, sobre o papel do Messias. E passou a comentar as profecias. Segundo elas haveria muito sofrimento no caminho do Messias, chamado de “o Filho do homem” sofrido e perseguido. Querendo realizar o projeto de Deus o Messias enfrentaria muita resistência. Isaías anunciara um servo sofredor fiel a Deus, mas rejeitado por todas as autoridades e condenado à morte. A morte não seria o seu fim definitivo porque Ele teria um triunfo especial. Deus lhe daria a ressurreição e a vitória final.Ora, conhecer Jesus é segui-lo também no caminho perigoso até a cruz, se preciso. Daí, ter um compromisso corajoso e radical com Ele, capaz de renunciar-se sempre e até arriscar a própria vida. Um discípulo medroso no testemunho ou envergonhado da sua opção por Jesus, não terá vez com ele! Amar a própria vida mais que a Jesus significará perdê-la para sempre! Perder a vida por amor a Jesus significará salvá-la para sempre!

 

A primeira pessoa que deu a resposta decisiva no discipulado foi Nossa Senhora. E a fez com total entrega de si, sem ter as certezas humanas naquele momento. Que seu exemplo nos conforte e abençoe, pois sabemos que Jesus não espera uma resposta só com a boca ou a teoria. Ele espera discípulos comprometidos com a doação concreta da vida em gestos e atos. No modo de viver, no comportamento, nas ideias, no lar e fora dele. Nos momentos alegres e nas tristezas! Com Maria, primeira e maior discípula, professemos: Senhor, eu creio em Vós, meu salvador e Deus!

                                                                                                                

 Se realmente queremos ser cristãos ou discípulos de Jesus Cristo, temos que estar sempre aprendendo mais a respeito dele. Sem saber por experiência de comunhão com ele e por interesse informativo: quem é Jesus Cristo? não é possível segui-lo. Compreender suas palavras. Viver sua moral. Por em prática o seu amor. Eis a pergunta-chave da vida do discípulo-missionário: ”Quem é Jesus Cristo para mim?” Conhecer Jesus é ter uma comunhão de vida plena com ele na fé e na caridade. Em união fraterna cada vez mais estreita e consciente com a sua Igreja: na meditação da Palavra de Deus, na oração, na vida sacramental frequente, no espírito fraterno lutando por justiça, respeito à vida e paz.  

            Em si, a liturgia, o culto cristão já é catequese oportuna que, na sequência dos domingos, vai nos ajudando a conhecer Jesus. A assimilar no íntimo a luz da Palavra de Deus. A conhecer as propostas e a ética do evangelho. Na Eucaristia deste domingo Jesus nos confronta com a sua pergunta aos apóstolos. A interrogação é incisiva e decisiva para o seguimento dele. A própria Eucaristia enquanto Memorial do Senhor (“Fazei isto em memória de Mim”) fica dependente da nossa resposta que determina a qualidade e o exercício da nossa fé no Cristo. O texto litúrgico do dia nos leva a exata compreensão do Jesus em que a Igreja crê. Leia: Lucas, 9, 18-24.

 

O capítulo 9 é, no evangelho de Lucas, o momento decisivo do ministério de Jesus na Galileia. Nele encontramos o marco divisório entre as expectativas triunfalistas dos discípulos e o projeto messiânico do Mestre. Os discípulos sonhavam serem companheiros de um “Messias” poderoso, cercados pela glória e pela fama. Jesus procurava ardentemente conhecer a vontade de Deus e lhe ser fiel. Esta vontade aos poucos ficou clara para ele: Jerusalém era a meta final desde a Galiléia, mas ali o aguardava o confronto e a rejeição total.

Lucas vê Jesus em oração em momentos decisivos do seu ensino aos discípulos. Muitas vezes os discípulos se tinham feito a si próprios essa pergunta: “Quem é Jesus”... Admirados e surpresos com suas palavras e prodígios. Agora, após rezar, é o próprio Jesus quem vem lhes perguntar: “O que os homens pensam a meu respeito? Quem sou eu na opinião do povo?” (v.18).

Os apóstolos conheciam a opinião do povo. Não era uma só. Eram muitas e confundiam a identidade de Jesus com alguém do passado bíblico: João Batista, Elias, ou algum dos grandes profetas! No entanto, agora os próprios apóstolos deviam opinar. “Então, para vocês quem sou eu?” (v.20), quis saber deles Jesus. A resposta tinha que ser dada e envolvia um compromisso pessoal. De fato, naquelas circunstâncias, representou o tímido compromisso de uma fé ainda

 

vacilante.  Pedro, o líder do grupo, responde em nome dos outros: “O Senhor é o Cristo de Deus” (v.20). A palavra “Cristo” significa: o ungido, o consagrado, o escolhido. É uma palavra da língua grega e corresponde à palavra: “Messias”, da língua hebraica. Os discípulos percebiam e confessavam ver em Jesus uma relação especial dele com Deus, muito acima de qualquer profeta do passado. Mas, um véu de mistério encobria ainda essa relação na cabeça deles. Jesus era sim o Messias, mas não parecia ter o figurino, a imagem do Messias glorioso que eles esperavam. Quem sabe iria mudar? E corresponder às expectativas deles, um dia!

 

Era exatamente isso que Jesus não queria. Daí a proibição: “proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém” (v.21). Ele não queria de forma alguma contribuir com uma opinião falsa, diferente da Bíblia, sobre o papel do Messias. E passou a comentar as profecias. Segundo elas haveria muito sofrimento no caminho do Messias, chamado de “o Filho do homem” sofrido e perseguido. Querendo realizar o projeto de Deus o Messias enfrentaria muita resistência. Isaías anunciara um servo sofredor fiel a Deus, mas rejeitado por todas as autoridades e condenado à morte. A morte não seria o seu fim definitivo porque Ele teria um triunfo especial. Deus lhe daria a ressurreição e a vitória final.

Ora, conhecer Jesus é segui-lo também no caminho perigoso até a cruz, se preciso. Daí, ter um compromisso corajoso e radical com Ele, capaz de renunciar-se sempre e até arriscar a própria vida. Um discípulo medroso no testemunho ou envergonhado da sua opção por Jesus, não terá vez com ele! Amar a própria vida mais que a Jesus significará perdê-la para sempre! Perder a vida por amor a Jesus significará salvá-la para sempre!

 

A primeira pessoa que deu a resposta decisiva no discipulado foi Nossa Senhora. E a fez com total entrega de si, sem ter as certezas humanas naquele momento. Que seu exemplo nos conforte e abençoe, pois sabemos que Jesus não espera uma resposta só com a boca ou a teoria. Ele espera discípulos comprometidos com a doação concreta da vida em gestos e atos. No modo de viver, no comportamento, nas ideias, no lar e fora dele. Nos momentos alegres e nas tristezas! Com Maria, primeira e maior discípula, professemos: Senhor, eu creio em Vós, meu salvador e Deus!

 

Pe. Antonio Clayton Sant’Anna- CSsR                                               

                                                                                                                  Revisado: Pe. Clayton                                                                                                                                                                      Enviado: 17-06-2016                                              

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