Estamos caminhando rumo à Páscoa do Senhor. Este ano, no mês de abril, entre os dias 14 a 21, a Igreja celebra e vivencia a Semana Santa, na qual experimentamos com grande piedade os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição do nosso Redentor Jesus Cristo. São dias em que a liturgia nos transmite, passo a passo, os últimos acontecimentos da vida terrena do Filho de Deus entre nós.
Cristo, Salvador dos homens, é nossa esperança, pois sua vitória na Cruz é, antes e tudo, a vitória da vida sobre a morte. Gesto de amor àqueles que, pelo pecado, se afastaram da face de Deus.
Antes de celebrar os mistérios centrais da salvação, toda a comunidade diocesana, de modo muito significativo o clero, se une ao seu bispo para a bênção dos Santos Óleos e para a renovação das promessas sacerdotais. Chegamos à Quinta-feira Santa, que nos insere no coração do mistério pascal de Cristo. Nas “Igrejas Catedrais”, pela manhã, temos a “Missa do Santo Crisma”, o exórdio, o início do Solene Tríduo Pascal, que se inicia propriamente com a Missa vespertina da Ceia do Senhor. Na “Missa Crismal”, o bispo diocesano abençoará, como em todos os anos, os óleos litúrgicos: dos catecúmenos e dos enfermos, e consagrará o Santo Crisma, mediante os quais anuncia-se o novo “ano da graça” do Senhor” (Lc 4, 19; Is 61, 2). Os óleos estão no centro da ação litúrgica. São esses óleos que servirão para a administração dos Sacramentos do Batismo, da Confirmação, da Ordem e da Unção dos Enfermos.
Todos os presbíteros, quer diocesanos quer religiosos, participam e exercem com o bispo o sacerdócio único de Cristo; estão, pois, constituídos cooperadores providentes da ordem episcopal. Sob a autoridade e o pastoreio do bispo, recebem a rica missão da cura de almas em suas dioceses ou para onde são enviados como itinerantes. “Com efeito, os presbíteros, em virtude da sagrada ordenação e da missão que recebem das mãos do Bispo, são promovidos ao serviço de Cristo mestre, sacerdote e rei, de cujo ministério participam, mediante o qual a Igreja continuamente é edificada em Povo de Deus, corpo de Cristo e templo do Espírito Santo”. (Cf. Presbyterorum Ordines).
Por isso, todos os bispos, nas respectivas igrejas particulares, que estão presentes pelo mundo inteiro, concelebram a Liturgia Eucarística com o seu presbitério e comunidades, tornando visível o afeto, o carinho e a pronta obediência ao seu pastor. Vendo o clero em torno do seu bispo, experimentamos a unidade da Igreja, que pelo episcopado alude a Cristo, “pastor e guarda de nossas almas”, como menciona o apóstolo Pedro em sua primeira carta (Cf. 1Pd 2,25).
A Igreja reunida é sinal de plena comunhão, pois a reunião do povo, assembleia santa, junto aos presbíteros e em união com o (arce)bispo, manifesta uma solene e verdadeira liturgia agradável a Deus. Unidos na grande diversidade de dons, somos edificados e conduzidos pelo Espírito Santo, tornando-nos, assim, a Igreja, corpo místico de Jesus Cristo e instrumento de Salvação para os homens.
Que a Virgem Aparecida, Rainha do Brasil, nos ajude a acolhermos os dons do Espírito Santo e, com eles, a vivenciarmos com a Igreja o mistério de Cristo Ressuscitado.
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