É o fim que dá sentido a todas as coisas. É a perspectiva do Reino de Deus que enche de luz a nossa história hoje. Por isso, assim como na Fachada Norte a primeira cena, lá em cima, é cronologicamente a última — Deus que se mostra a Moisés na obra de suas mãos —, também na Fachada Sul tudo começa com o fim: a cena mais alta, onde começa o mosaico, é a ascensão do Senhor.
E o que temos na ascensão do Senhor? Não o final feliz da epopeia de um super-herói, nem um Deus que, tendo nos visitado, agora se ausenta. A ascensão narra o sentido de toda a história da salvação: que a humanidade viva em comunhão com a vida de Deus. Na humanidade de Jesus que se assenta à direita do Pai, é a nossa carne que entra no Reino de Deus. É a humanidade de cada um de nós e de nós todos que é revelada como participante da santidade de Deus.
Essa humanidade, ainda peregrina nesta terra, se faz espaço onde germina a semente da vida divina — é o que vemos na figura da Mãe de Deus, logo abaixo do Cristo da ascensão. Em uma postura de acolhida total, ela é a imagem da comunidade dos discípulos: recebe sua vocação de ser prolongamento da vida de Cristo nesta história e, ao mesmo tempo, suplica que o Pai derrame sobre ela o dom do Espírito Santo, sem o qual essa vocação não se pode realizar.
Por isso, nos primórdios da iconografia cristã, como aqui na Fachada Sul, a cena da ascensão e a de pentecostes são uma só. É o mesmo mistério, desdobrado em duas dimensões: o mistério da vida da Igreja, semente do Reino neste mundo, corpo de Cristo que caminha na história sanando as feridas da humanidade, porque animado pelo mesmo Espírito que ungiu Jesus de Nazaré.
Se a imagem de Maria ressalta essa atitude de acolhida do dom da vida nova, com a sua serenidade, a sua concentração em simplesmente fazer espaço para o Santo Espírito, as figuras dos apóstolos oferecem um contraponto, para que vejamos que, uma vez recebido, o dom do Espírito é vivo, ativo, criativo, fecundo e se manifesta de mil maneiras. Ele é o “Espírito que dá a vida”, como professamos no símbolo niceno-constantinopolitano.
Na Fachada Sul, vemos as línguas de fogo descendo sobre cada apóstolo, que impulsionado pelo Espírito realiza então algum aspecto da missão da Igreja:
Posto bem no alto, o fogo do Espírito desce sobre toda a Fachada Sul. É uma chuva que fecunda cada cena, para que, contemplando-as, reconheçamos em todas elas o mistério que a imagem da ascensão já anuncia: o Verbo de Deus assumiu a nossa humanidade e manifestou nela a graça de uma vida redimida, fundada no amor do Pai e orientada a nos reconhecermos como irmãos e irmãs, membros do mesmo corpo.
remove_red_eye A Entrega da Fachada Sul será exclusivamente transmitida neste sábado (11), às 19h, na TV Aparecida. Convidamos você e sua família a se reunirem em casa, para acompanharem este lindo momento em agradecimento ao seu 'SIM' renovado todos os meses para que possamos completar essa Jornada Bíblica.
Livro dos Devotos Jubilar é colocado sob o altar da Casa da Mãe Aparecida
Este livro contém os nomes de todos que se juntaram à nossa Família desde 1999 até o dia 22 de setembro de 2024, incluindo devotos evangelizadores, Jovens de Maria e Devotos Mirins.
Maria também é peregrina: como os romeiros se inspiram em Nossa Senhora para chegar a Aparecida
Devotos partilham como se fortalecem durante a caminhada para louvarem à Mãe de Deus em sua casa
Basílicas de Aparecida são proclamadas igrejas do Jubileu da Esperança
Peregrinações aos templos poderão conceder indulgências aos fiéis durante o Ano Jubilar de 2025.
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.