Casa de Maria, lugar de graças e louvores ao Santíssimo Sacramento

Entre as atividades mais antigas realizadas de forma ininterrupta nos templos que abrigaram a Imagem da Padroeira do Brasil, está a Missa do Santíssimo Sacramento. Rezada semanalmente todas as quintas-feiras, ela proclama, há 168 anos, a fé na presença real de Jesus na Santíssima Eucaristia.
O costume iniciou-se em 1854, durante a visita do então bispo de São Paulo, Dom Antônio Joaquim de Mello, à “Capela de Aparecida”. Os documentos da época mostram que o religioso determinou a realização da Missa do Santíssimo Sacramento todas as quintas-feiras, algo que perdura até os dias de hoje.
O livro “Crônica da Comunidade Redentorista de Aparecida”, de 1901, conta que, no período da chegada dos Missionários Redentoristas, em todas as quintas-feiras, a missa era celebrada às 8h30, diante do Santíssimo Sacramento, que desde o início da cerimônia ficava exposto no altar. “Com participação do povo e muita frequência”, conforme anotou o Missionário Redentorista, Padre José Wendl.

Missa do Santíssimo Sacramento
“Antes do Concílio, nós expúnhamos o Santíssimo no altar e rezávamos a missa diante dele. No fim, dávamos a bênção com ele, que era também a bênção da missa”, recorda o padre Rubem Leme Galvão, sacerdote há 74 anos na Congregação do Santíssimo Redentor – dos quais, parte foi dedicado a Aparecida.
Até hoje, a missa do Santíssimo Sacramento é rezada todas as quintas-feiras no Santuário Nacional. Atualmente, a celebração acontece às 9h e é realizada no Altar Central da Basílica Nova. No fim, a hóstia consagrada é exposta no ostensório, com a realização da bênção solene encerrando o rito. Logo após, uma procissão a conduz até a Capela do Santíssimo Sacramento, onde fica exposta para adoração dos fiéis. Ao contrário do passado, quando era levada para o sacrário, sem a exposição solene durante o dia.
“Os Irmãos do Santíssimo iam vestidos com opa (um tipo de veste litúrgica) vermelha tanto no começo da celebração quanto no fim, indo buscar e levar o Santíssimo com duas tochas”, garante padre Rubem. “Era uma missa que todos os padres queriam celebrar”, lembra.
Hoje, embora o formato da celebração tenha sido modificado, a fé e devoção à Santíssima Eucaristia continuam as mesmas. Frutos daqueles que, procurando a Mãe de Deus, aproximam-se de Jesus dispostos a fazer tudo o que Ele disser (Jo 2,5), dando-lhe graças e louvores a todo o momento.

Pe. Rubem Leme Galvão
:: Conheça a história do Pe. Galvão ::

Um templo construído pela reconciliação
O povo de Deus, desde seus primórdios, sempre ergueu espaços dedicados à oração e ao culto divino. Salomão construiu, em Jerusalém, o Templo (2Cr 2-5), mencionado no Antigo e no Novo Testamento. Também os cristãos se esmeraram na construção de espaços para o encontro dos fiéis, reunidos como Igreja “santa e imaculada” (Ef 5,27) em “um só coração e uma só alma” (At 4,32)

Centro de Apoio ao Romeiro, há 25 anos evangelizando pela boa acolhida
Em 30 de maio de 1998, foi inaugurado o Centro de Apoio ao Romeiro. A solenidade transformou a data em dia de festa em Aparecida.

Onde tudo começou
Foi nas águas do Rio Paraíba do Sul, mais precisamente na altura do Porto Itaguaçu, que ocorreu a pesca milagrosa, dando origem à devoção à Padroeira do Brasil.
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