“A fé é a resposta do homem a Deus, que a ele Se revela e Se oferece, resposta que, ao mesmo tempo, traz uma luz superabundante ao homem que busca o sentido último da sua vida” (CIC, 26). Foi para conservar e professar essa fé que, em 325, o Concílio de Niceia proclamou — com a expressão “nós cremos” — verdades teológicas até hoje professadas pela Igreja.
“O ato de crer é sempre em Igreja, assim como eclesialmente os participantes do Concílio definiram o Símbolo da Fé em sintonia e observância à fé transmitida pelos Apóstolos e que receberam pela Tradição”, explica o Mestre em História, padre Bruno Alves Coelho, C.Ss.R.
“A fé é o que surge do encontro com Jesus Cristo, que nos amou primeiro. Seu amor é graça, é gratuidade. Quando descobrimos um amor tão grande assim, só podemos responder de um modo: amando também. Quando, portanto, nosso amor se dirige a Jesus, chamamos de fé”, esclarece o presidente da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Joel Portella Amado.

Nem sempre a transmissão da fé é fácil. No próprio Concílio, as dificuldades começaram antes mesmo do encontro, com a heresia ariana, que não reconhecia a divindade de Jesus.
“O Concílio foi convocado para a resolução de uma controvérsia teológica que tinha boa adesão por parte de autoridades romanas, povo comum e de clérigos, esses últimos representados no evento conciliar”, contextualiza padre Bruno.
Apesar de popular no período, a heresia foi vencida. Além disso, o encontro ainda proclamou outras verdades de fé.
“O Concílio de Niceia definiu teologicamente a ortodoxia da fé trinitária. Confirmou o Símbolo da Fé Apostólica e introduziu a linguagem teológica já bastante desenvolvida do século IV para se referir ao Filho e ao Espírito Santo como da mesma natureza do Pai”, detalha o Mestre em História.
Passados 1700 anos da realização do Concílio, as dificuldades para viver e testemunhar a fé continuam presentes.

“Há situações em que uma pessoa é a única católica no ambiente onde vive ou trabalha. Se ela compreende corretamente sua fé, vai se empenhar em dar testemunho da justiça, da verdade, da paz. Vai trabalhar pela vida, desde a concepção até a morte natural de todas as pessoas”, exemplifica Dom Joel.
“As pessoas à sua volta vão considerá-la tola, infantil, alienada e outros termos que podemos acrescentar a essa triste lista. Para superar essas situações, a pessoa precisa de uma comunidade de fé, de irmãos e irmãs que, rezando juntos, ouvindo e partilhando a Palavra de Deus, celebrando os sacramentos, tornam-se força para o imprescindível testemunho”.
Muitas vezes, ao longo da história, esse testemunho foi expresso pelos mártires. Nas páginas da Igreja, milhares preferiram a morte, a renegar sua fé em Cristo, algo ainda recorrente. “Hoje há muitos mártires na Igreja, numerosos porque por confessarem a fé cristã são expulsos da sociedade ou vão para a prisão” (Papa Francisco, Audiência Geral de 19 de abril de 2023).
“São realmente heróis e heroínas, mas nem por isso deixam de ser gente como a gente, com a diferença de que se deixam conduzir pelo amor de Jesus e dão testemunho desse amor”, finaliza Dom Joel.
Este Ano Santo Jubilar será um momento de renovação para toda a Igreja, um convite para renovar nossa fé, viver a esperança e promover a caridade.
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