Revista de Aparecida

Mãe Maria, Mestra do Amor e da oração

“Cantai ao Senhor um cântico novo!... Proclamai sua salvação.... Anunciai... todas as suas maravilhas” - cf. Sl 96(95), 1-3

Escrito por Academia Marial

31 MAR 2023 - 14H00 (Atualizada em 05 ABR 2023 - 11H03)

Thiago Leon

Por Maria Inês Vasques Ayres Bernardes
Psicóloga, especialista em Mariologia

Quantas vezes a jovem Maria de Nazaré conservou em seu coração as palavras dos Salmos, das Escrituras Sagradas... Palavras que preenchem nossa vida, que permeiam nossa existência, levando-nos a cantar um Cântico novo, como o fez a Virgem Mãe no seu Magnificat.

Maria é a Virgem dada à oração¹, aquela que sabe ouvir, que acolhe a Palavra de Deus com fé.² Mãe exemplar de Deus e nossa, que está sempre a nos ensinar por atitudes e palavras o caminho para alcançarmos uma vida plena, feliz, repleta de paz e de amor. “Maria se sente amada por Deus - escreve o Cardeal Cantalamessa - e é este amor que a impele a dar-se a Deus com todo o seu ser”. A Virgem sabia que era amada, porque trazia em si um espaço de encontro com o Senhor, de silêncio interior, de vida oracional. E orar é encontrar-se a sós com Deus, é abrir-se ao seu amor, é deixar-se ser amado por Ele... Um Deus vivo e verdadeiro que está a chamar “incessantemente cada pessoa ao encontro misterioso da oração”... Um Deus que se revela e revela o homem a si mesmo³.

Atualmente, temos corrido o sério risco de ficarmos tão atrelados aos nossos trabalhos, preocupações, redes sociais, que sem nos darmos conta, acabamos por ficar “exilados”, fora de nós mesmos, na superficialidade da vida, a perder o seu sentido maior. Como precisamos reaprender a silenciar, assim como a nossa Virgem Mãe, que se manteve sempre unida a Deus, não só na Anunciação, ou nas Bodas de Caná, mas também aos pés da cruz. Mulher forte e fiel, que nunca se fixou em suas dores, mas esteve sempre disponível à vontade do Pai. Portanto, olhar para ela, orar com ela e segurar em suas ternas mãos, como os discípulos em Pentecostes, ajuda a também nós não nos determos na agitação das “águas da vida”, ou na força das suas “ondas”, mas, pela fé, manter o nosso olhar em Jesus, o único capaz de acalmar o mar, e de nos revelar a beleza do nosso ser.

1 Cf. MC 18. 2 Ibid 17. 3 Cf. CIC 2567

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