Revista de Aparecida

O uso do rosário no hábito Redentorista

Escrito por Pe. Marlos Aurélio da Silva, C.Ss.R.

31 JAN 2025 - 07H00

Thiago Leon

Em nossas Constituições Redentoristas, que são nossa regra de vida ou a tradução do Evangelho com lentes redentoristas, se encontra a seguinte admoestação: “Tomem a Bem-aventurada Virgem como modelo e ajuda, Ela que, caminhando na fé e abraçando de todo o coração a vontade salvífica de Deus, como serva do Senhor, dedicou-se totalmente à pessoa e à obra de seu Filho, serviu e continua a servir ao mistério da redenção, socorrendo perpetuamente o povo de Deus em Cristo. Honrem-na, pois, como Mãe, com piedade e amor filial [...] A todos recomenda-se a recitação do santo rosário, para que com gratidão recordem e imitem os mistérios de Cristo, dos quais Maria participou” (Const. 32).

É dentro dessa moldura e espírito de vida que se pode entender o quanto para um redentorista é relevante e imprescindível o amor a Maria. Pois Ela é figura constitutiva da História da Salvação e protótipo da vida cristã e eclesial. Tentar cindir ou desconsiderar seu papel e sua missão seria atentar contra o desígnio salvífico de Deus para com a humanidade. Afinal, em Maria, captamos mais perfeita e concretamente o que o Criador quer e pode realizar com a sua criatura. Deus a fez participante da sua ação redentora! Ela é Mãe, mas também discípula do Salvador e Redentor do mundo!

Ao usar em seu hábito religioso o rosário, os missionários redentoristas estão acenando, por meio desse símbolo, o quanto associada está Maria no Plano de Deus. A recitação do rosário remete diretamente para os mistérios da vida de Jesus Cristo e da participação da Virgem Maria nessa obra. Mais que uma repetição mecânica, as orações dirigidas à Mãe de Deus constituem-se em um pano de fundo para a contemplação dos atos de Deus dentro da história humana, dos quais Maria participa ativamente como a primeira e mais perfeita discípula. Portanto, o rosário não é apenas um adereço para enfeitar o hábito religioso, mas um sinal desse afeto filial que liga cada missionário como continuador do Redentor e que se deixa inspirar pela vida e pelas atitudes de Maria. Mesmo porque aprendeu de Santo Afonso que “o verdadeiro devoto de Maria jamais se perde!” Ou seja, quem entra na escola de Maria, torna-se mais discípulo de Jesus Cristo!

Enfim, o rosário, como uma das formas de oração, tem o mérito de ser simples e acessível a todas as pessoas. Perdura ao longo dos séculos, como expressão de união com Deus e de devoção a Maria. Comprovando que homens e mulheres que rezam o terço estão em comunhão de vida e oração e prontos para viver a fraternidade e caridade para que o Reino de Deus aconteça para todos!

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