Por Ir. José Mauro Maciel, C.Ss.R. Em Revista de Aparecida

Pe. Vítor Coelho, evangelizador moderno

O venerável Pe. Vítor Coelho de Almeida, C.Ss.R. (1899-1987) foi pioneiro nos Meios de Comunicação de seu tempo

Centro de Documentação e Memória (CDM) - Santuário Nacional
Centro de Documentação e Memória (CDM) - Santuário Nacional
Venerável Pe. Vítor Coelho de Almeida na Rádio Aparecida

Esse missionário redentorista recebeu boa formação religiosa e científica, no Brasil e na Alemanha. Ficava admirado quando lia sobre o progresso das pesquisas do famoso Pe. Angelo Secchi (1818-1878), jesuíta fundador e diretor do Observatório Astronômico do Vaticano, em 1853. Esse religioso cientista e seus discípulos contribuíram muito para a evolução da ciência, lançando as bases para se chegar às invenções do telégrafo e do rádio. Logo, pensava em “procurar Deus em todas as coisas”, e que o “saber humano se somava à fé”. As transmissões radiofônicas desde a década de 1920, no Brasil e no Mundo, sempre empolgavam ao jovem Pe. Vítor Coelho, ainda missionário na aprendizagem. Entre 1930 e 1950, a radiofusão no Brasil ganhou novas proporções e tornou-se a grande mentora de ideias e informações.

Pe. Vítor Coelho, fã da Patrologia Católica, a qual conhecia, rezava e refletia: “a comunicação do Espírito Santo é concedida a cada um segundo a fé”. A graça vem segundo os esforços e o proveito no que convém. O discernimento é necessário. A boa consciência do ser e do fazer nos inspira às obras do Bem Comum. Quando se recuperava da tuberculose em 1948, aprendeu a fazer uso do Rádio para ensinar. Fundou a Rádio Aparecida, em 8 de setembro de 1951, iniciou e aprimorou o Clube dos Sócios para ajudar na pregação do Evangelho. Sonhava com uma TV em Aparecida desde 1965. O Clube cresceu, a Rádio evoluiu, a TV chegou e o Clube mudou de nome: hoje chama-se Família dos Devotos. A união faz a força, o esforço supera os limites.

Os devotos da Mãe Aparecida são os seguidores do Divino Salvador. Ela é a Mãe que reúne os filhos para rezar, pedir, agradecer e ajudar na mesma Missão. A Igreja Católica é missionária por sua própria natureza. Todo Santuário Católico faz uso da Pastoral Extraordinária, isto é, possui formas e métodos próprios para Evangelizar. O Pe. Vítor Coelho era lúcido com relação à ação pastoral extraordinária. “Nosso pai Santo Afonso teve uma missão histórica enfrentando o rigorismo jansenista. Teve uma solução prática, impondo a esperança, pregando-a, mas prevenindo contra abusos. Nem esperar demais, nem esperar de menos. Todos os seus sermões terminam com a sintonia da esperança, da confiança, sendo de amor e arrependimento os últimos compassos. Nunca tolerou que homem da misericórdia, com a cruz da misericórdia ao peito, andasse trancando a porta do céu aos bem-intencionados. Nunca suportou pregador que descesse do púlpito batendo a porta na cara dos ouvintes... Essa é a fisionomia nos traços de todo redentorista bem genuíno.” (Pe. Vítor Coelho). A evangelização é responsabilidade de todo cristão. A religião sadia é humanizadora.

A criatividade é fruto da oração. A espiritualidade cristã é interativa e intuitiva. Essa intuição faz enxergar longe, vislumbrar horizontes largos, buscar possibilidades. A evangelização, segundo o Pe. Vítor Coelho, visa o gênero humano de modo integral. A pessoa toda: corpo, alma, inteligência e emoções. Afinal, fé, esperança e boas obras também produzem cultura.

O Evangelho nos fortalece na fé, alegra a nossa esperança e nos faz construtores do Bem.

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