Revista de Aparecida

Primeira sessão do Sínodo sobre a Sinodalidade chega ao fim com apelo “à conversão pastoral e missionária”

Encontro, que contou com representantes de todo o mundo, inclusive do Brasil, foi avaliado de forma positiva. Agora, a expectativa para a segunda sessão em outubro de 2024

Escrito por Victor Hugo Barros

01 NOV 2023 - 09H53

Vatican Media

Após quase um mês de reflexões e debates, a primeira sessão do Sínodo sobre a Sinodalidade foi encerrada no último dia 29, no Vaticano. O encontro, que reuniu 464 pessoas de todo o mundo, se debruçou sobre as consultas realizadas com fiéis a nível global entre os anos de 2021 e 2022.

Do Brasil, 13 participantes integram esta etapa do processo sinodal. Entre eles, o bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipolini.

“É enriquecedor ouvir e rezar juntos e também trabalhar os temas propostos, que são três: comunhão, participação e missão”, avalia o religioso.

Estes eixos principais guiaram o desdobramento de outros temas, apresentados pelo Instrumentum Laboris – documento que rege o Sínodo. Foram discutidas questões como a centralidade da Eucaristia na Igreja, a formação de todos os batizados, a situação dos cristãos perseguidos, das mulheres, dos jovens, dos pobres e dos migrantes.

Parte destas situações foram expressas na Carta da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos ao Povo de Deus. Divulgada no último dia 25 de outubro pelos membros do Sínodo, ela destacou a “bela e rica experiência” da primeira sessão, não obstante o “contexto de um mundo em crise, cujas feridas e escandalosas desigualdades ressoaram dolorosamente” na Sala Paulo VI, onde aconteceram os trabalhos.

O texto destacou ainda “um apelo premente à conversão pastoral e missionária”. Para isso, conclamou a Igreja a “escutar todos, a começar pelos mais pobres”.

Dom Joel Portella Amado
Dom Joel Portella Amado
Dom Pedro Cipollini cumprimenta o Papa Francisco durante a primeira sessão do Sínodo sobre a Sinodalidade


A expectativa agora é para a segunda sessão do Sínodo, prevista para outubro do próximo ano. Mais do que apenas um período de espera, este deve ser um momento de maior contribuição para o desenvolvimento da sinodalidade.

“Que esse intervalo entre a primeira sessão agora e a segunda sessão ano que vem possa enriquecer essa reflexão, esse grande momento da nossa Igreja”, reflete Dom Cipollini.

A expectativa é compartilhada também pelos outros membros do Sínodo. “Gostaríamos que os meses que nos separam da segunda sessão, em outubro de 2024, permitam a todos participar concretamente no dinamismo de comunhão missionária indicado pela palavra ‘sínodo’. Não se trata de uma questão de ideologia, mas de uma experiência enraizada na Tradição Apostólica”, expressaram os participantes da Assembleia Sinodal por meio da Carta.

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