Por Victor Hugo Barros Em Revista de Aparecida Atualizada em 18 SET 2023 - 12H00

Primeira sessão do Sínodo sobre a Sinodalidade é preparada em Roma

Encontro no Vaticano é resultado de consulta realizada com fiéis do mundo todo desde 2021


A Igreja em todo o mundo prepara-se para a realização da primeira sessão da 16ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão”, que acontecerá de 4 a 29 de outubro. Os trabalhos serão realizados na Sala Paulo VI, no Vaticano, e contará com a presença de mais de 360 representantes de diversos lugares do mundo, entre eles, 12 brasileiros. O momento marca a continuidade de um processo iniciado anos antes.

Synod VA
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Cardeal Mário Grech, Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos

“O Sínodo não começa no próximo mês de outubro”, esclarece o cardeal Mário Grech, Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos. “O Sínodo começou em 10 de outubro de 2021, com a celebração de abertura na Basílica de São Pedro”.

“O Papa Francisco determinou que a realização desta Assembleia do Sínodo fosse diferente, que houvesse o envolvimento maior do povo de Deus no Sínodo, na sua preparação, que já deve ser vista como parte da celebração sinodal. Por isso que começamos em 2021, estamos em 2023 e vamos chegar à Assembleia em outubro, tendo passado por diversas etapas de ouvir, de consulta, de participação e reflexão de todos os membros da Igreja”, concorda o cardeal-arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer.

Somente no Brasil, 261 dioceses e arquidioceses enviaram as sínteses da consulta realizada com os fiéis entre outubro de 2021 e agosto de 2022. O número representa 93% das 278 circunscrições eclesiásticas, ou seja, territórios confiados aos cuidados de um bispo no país.

Na prática, as ideias expressadas por fiéis de diferentes regiões do Brasil foram escutadas e enviadas para o processo sinodal, continuado em outras instâncias. “Passou pela etapa diocesana, a etapa das conferências episcopais no âmbito dos países e também pelo âmbito continental, os organismos eclesiais continentais como o CELAM para a América Latina e o Caribe, a África, a Ásia, a Europa, a América do Norte. E foram vários momentos de escuta, discernimento, reflexão e propostas”, recorda o Cardeal Scherer.

As reflexões obtidas ao longo dos últimos dois anos foram reunidas no Instrumentum Laboris, material que vai guiar os trabalhos desta etapa da Assembleia Sinodal. “O Instrumentum Laboris não é um documento da Santa Sé, mas de toda a Igreja. Não é um documento escrito na escrivaninha. É um documento onde todos são coautores”, explicita o cardeal Grech. Nele estão destacadas a experiência obtida no processo sinodal e as “três questões prioritárias” que estão no centro deste Sínodo: comunhão, participação e missão.

Vatican News
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"Uma Igreja sinodal é uma Igreja do encontro e do diálogo" - Instrumentum Laboris, 24


“Uma vez que a Sinodalidade for reforçada, praticada, poderemos também responder às perguntas do homem de hoje”, sugere o secretário-geral. “Este é o convite que – eu não digo o Santo Padre, mas o Espirito Santo está fazendo a toda a Igreja: caminhem juntos, procurem Deus e escutem juntos, ajudem-se uns aos outros para escutar aquilo que o Espírito Santo está dizendo à Igreja hoje”.

A expectativa é de que o processo sinodal ajude a Igreja, no mundo de hoje, a continuar a missão dada por Jesus: “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16,15).

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