Texto por: Fr. Jonas Nogueira da Costa, OFM
Na oração da Ave-Maria pedimos à Mãe do Senhor que sempre interceda por nós, pontuando esse pedido no “agora” e “na hora de nossa morte”. Brevemente queremos enfatizar o porquê da intercessão de Maria e os motivos centrais para pedir sua presença materna na hora de nossa morte.
A oração de intercessão é algo que faz parte da tradição judaico-cristã. Já no Antigo Testamento, por exemplo, encontramos Abraão intercedendo por Sodoma (Gn 18,16-33) e Moisés pelo povo peregrino, após esse ter fabricado o bezerro de ouro (Êx 32,1-35).
Também a Igreja, unida ao seu Senhor no laço do Espírito, compreende sua vocação de intercessora, onde os irmãos e as irmãs oram uns pelos outros (ver Tg 5,16; Ef 6,18; Cl 1,9; 1Ts5,25; Rm 15,30).
Sobre a intercessão da Mãe do Senhor, muito a Igreja buscou essa convicção contemplando o Evangelho de João, especificamente as Bodas de Caná e a missão materna de Maria dada ao pé da Cruz.
Acreditamos que a morte é o momento em que a pessoa se sente mais solitária, uma vez que todos os laços que ela conhece se desfazem, colocando-a numa atitude de abandono, numa atitude de quem percebe que tudo ao seu redor vai se desligando e que, por mais amor que a pessoa em sua morte esteja envolvida, ela faz o seu caminho final de modo solitário.
Mas é justamente nessa hora de grande necessidade e que nenhum de nós conseguimos acompanhar quem está à “beira da morte” é que pedimos que a Mãe do Senhor esteja presente. Sabemos que o Senhor nunca irá nos abandonar (Mt 28,20), então não irá nos abandonar na hora da morte, mas como vivemos nessa teia de “amor e cuidado”, pedimos humildemente, jamais desprezando o Senhor, que também sua bondosa mãe esteja conosco, pedindo por nós, para que ela nos trate como a mais frágil criança sendo posta no berço velando para que os sonhos do céu se tornem realidade.
MARIA, EM LUCAS
O Evangelho segundo Lucas destaca Maria de modos diversos. Vejamos quatro momentos nos quais ela é indicada. Note-se que são as ocasiões em que ela é mais citada neste Evangelho.
A Virgem Maria como companheira rumo à santidade
A santidade está ao alcance de todos nós, mas nem por isso é um caminho que não tem suas exigências.
Por que chamamos Nossa Senhora de Rainha?
Mesmo trazendo essa imagem do Antigo Testamento, que foi um costume que prevaleceu nos palácios por muito tempo e teve impacto na compreensão de Maria como Rainha, devemos estar muito atentos para não adequar lógicas palacianas e colonialistas à figura da Mãe de Deus.
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