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Para começar... nada demais

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Não quero começar o ano com clichês e mensagens blasés, pois você já sabe o que você fez de errado no ano passado e deve ter uma ideia do que precisa fazer neste ano. Não serei eu a pontuar seu recomeço cronológico. Então, neste ano, começarei falando sobre os vínculos que somos capazes de criar e o poder que temos de fazer a diferença.

Leia MaisUm ano mais humano ou mais digital?Infeliz ano velho, adeus ano novoAnálises e blá-blá-blá?Para isso, a principal palavra é empatia, que, basicamente, é a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa para entender seus medos, suas angústias, dores etc. Empatia é compaixão com atitude. Empatia é o mínimo que se espera de qualquer pessoa, seja cristão ou não. Vivemos cercados de julgamentos, dores, males pessoais e globais. O mundo tende a ser um lugar cada vez pior (em se tratando de indiferença), mas sempre sentimos aquela pontinha de esperança quando presenciamos atos de bondade, atos genuínos de amor ao próximo, atos altruístas. Acende-se uma chaminha, até no coração mais gelado, quando se encontram pessoas capazes de sentirem, sem interesse algum, a dor do próximo e fazerem algo para amenizar seu sofrimento. Todos os dias estamos cercados de outras pessoas; nosso dia a dia depende de relações por detrás dos bastidores. Mesmo que você se considere recluso, solitário ou algo do tipo, o almoço que você pede via aplicativo será entregue por uma pessoa que baterá a sua porta. O lixo de sua casa é retirado por mais algumas. Suas compras são passadas uma a uma por outra pessoa. Talvez você não esteja rodeado por centenas de pessoas, mas não significa que a manutenção de sua vida se dê sem a participação de mais ninguém.

E da mesma forma que você tem suas particularidades, seus problemas, sentimentos, outras pessoas também têm. E só se torna possível fazer a diferença, criar vínculos, quando percebemos que não estamos sozinhos, neste vasto mundo, e que talvez o outro precise de uma mão estendida, um sorriso, uma gentileza, somente para amenizar qualquer situação que ele esteja enfrentando ou para não piorar aquilo que não parece ter solução.

Não vou dizer que temos de pegar o problema alheio e resolvê-lo, mas podemos, no mínimo, não piorar o dia de ninguém e não ser aquele que vai desencadear o dia ruim de alguém. Temos de sair de casa sabendo que, neste mundo, existimos para ser luz, para brilhar, não para chamar atenção para si, mas sim para ajudar aquele que está na obscuridade a sair de lá. Pode parecer pouca coisa, mas a empatia é como um abraço: reconforta quem recebe e conforta quem dá.

E, para o começo deste ano, meu desejo é que possamos todos ter mais empatia, mais amor ao próximo, mais caridade, mais amor, mais luz. Imitemos de forma mais efetiva ainda o Cristo: sejamos luz. Não estamos aqui para apagar, estamos aqui para ajudar a acender. Uma vela acesa acende as demais. Um vento forte apaga todas. Quem você quer ser?

Caiene Cassoli

Autora do livro “O poder de mudar hábitos”

Editora Ideias & Letras

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