Por Anna Laura Barreto Em Comportamento

Foi bom enquanto durou… e se não foi, perdoe!

“Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.”
(Vinicius de Moraes)

Quem já teve, sabe e quem ainda não teve vai saber como é lidar com o(a) ex namorado(a), ex marido(esposa), ex ficante, ex sócio, ex amigo(a)…

É sempre importante lembrarmos que tudo é transitório e passageiro, tanto os relacionamentos bons como os ruins… e quando temos esta premissa clara, sofremos menos, pois nos preparamos para um dia perder e nos desapegar de algo bom; ou no sofrimento, saberemos que este sofrimento irá passar de alguma forma. Tudo é movimento. Nada é permanente.

E como lidar de forma saudável com os ex?

Em geral, adolescentes, jovens e adultos lidam de forma muito complicada com o término dos relacionamentos, mas nós que estamos lendo este artigo podemos elevar esta média, nos preparando e decidindo ser melhor num próximo término.

Por que as pessoas muitas vezes dão o seu pior num término de relacionamento?

Já ouviram falar em “orgulho ferido”? A pessoa se sente literalmente ferida, preterida, mal, excluída, prejudicada, enfim… sente-se muito mal quando a relação termina porque apenas um dos dois quer.

Quando há insatisfação de ambos o caso é um pouco melhor, mas mesmo assim as pessoas se apegam às situações e também têm dificuldade de “largar o osso”, até mesmo por egoísmo de não querer se arrepender ou entregar o osso para outra pessoa, não é mesmo?

A pessoa mais generosa consigo mesma, ou seja, com uma auto-estima mais positiva e mais generosa com outros sofre menos com estas situações, pois ela consegue enxergar o término como um degrau para o crescimento e evolução e não como uma perda irreparável.

Já a pessoa com uma auto-estima ruim, muitas vezes demora para tomar a decisão de terminar, fica sofrendo um tempão porque tem medo de não conseguir alguém melhor, porque não quer ver o namorado(a) com outro(a) ou ainda porque não quer ficar sozinho(a) e qualquer uma destas situações é ruim, pois nos agride no sentido de agirmos não para alcançar tranquilidade e prazer, e sim por medo. É uma situação em que deixamos de tomar a decisão e quando fazemos isto, alguém vai decidir por nós.

E por que algumas pessoas conseguem e outras não? Eis a grande diferença entre as pessoas. Devido às nossas referências, educação, genética e vivências.

Mas, independente das vivências passadas, precisamos nos esforçar MUITO para sairmos do condicionamento em que nos colocaram e que agora (mais jovens e maduros) temos noção de que nos faz bem ou mal.

Se você está numa relação que está lhe fazendo mais mal do que bem, tome uma atitude racional, positiva e corajosa para ser mais feliz e tranquilo. No início de nossa decisão pode ser mais difícil, mas lembre-se: já estava difícil antes mesmo!

Se já fizemos de tudo para salvar a relação e mesmo assim virou EX, precisamos criar uma relação saudável com os ex, pois bem ou mal tivemos uma história com esta pessoa. Será que não teve NADA de bom? E por que ficou com esta pessoa então?

Como diz o ditado: “Não devemos cuspir no prato que comemos”. Acho que é mais ou menos isto. Não deveríamos falar mal da pessoa, destratar a pessoa com quem estivemos juntos por tantos dias, meses, anos, etc. Estamos falando mal de nós mesmos. Por isto, citei acima que a pessoa generosa se coloca no lugar do outro e compreende que acabou, que foi bom enquanto durou, como Vinicius de Moraes pontua no Soneto de Fidelidade. Ela se cuida e policia para não terminar a relação, mas também continua se cuidando quando termina e ACEITA a situação.

A aceitação é um ato de força interior, sabedoria e humildade, pois existem inúmeras situações que não estão sob o nosso controle.

A única pessoa que podemos mudar somos nós mesmos, portanto, se não houver aceitação, o que estaremos fazendo é insensato, é insano.
Ser resistente, brigar, revoltar-se, negar, deprimir, desesperar, indignar-se, culpar, culpar-se são reações emocionais carregadas de raiva. Raiva do outro, raiva de si mesmo, raiva da vida. E a raiva destrói, desagrega.

E você? Qual será sua escolha em seu próximo término? Como tratará seu ex, ou sua ex? E se ele te trair? Fizer alguma coisa ruim? Você conseguirá perdoá-lo algum dia? Esta decisão é muito pessoal, mas a tranquilidade de um perdão ou da aceitação não tem preço. Você não precisa perdoar e continuar com a pessoa, mas se conseguir perdoar em seu coração já basta para ser mais feliz! E não perca seu precioso tempo fazendo fofoca dele(a) e bisbilhotando suas redes sociais. Você pode ver o que não quer e sofrer ainda mais.

Aceite que as coisas mudam, que a vida dá voltas e que as pessoas e nós mesmos, muitas vezes, erramos e também queremos que ser perdoados…

Perdoe seu ex (qualquer coisa) e vire a página. Experimente, é uma delícia!

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