Crescendo na Fé

Como os jovens podem superar a depressão pela fé?

Everton Lucas (Fotos Everton Lucas)

Escrito por Everton Lucas

11 ABR 2015 - 08H00 (Atualizada em 04 MAR 2021 - 10H05)

Comumente falamos da juventude como uma etapa na vida em que se constrói o futuro, o tempo das descobertas, a “flor da idade”. Realmente, é na juventude que conhecemos melhor o mundo, formamos nossas opiniões e também é quando acontece muita coisa na nossa vida, sendo a ponte que liga a infância à fase adulta. Todos nós passamos ou passaremos por essa fase de escolhas e de conflitos e, junto com todo esse turbilhão de emoções, pode vir à tona uma série de problemas que nos deixam preocupados com a juventude de hoje.

Estudos apontam que o número de jovens com diagnóstico de depressão tem aumentado consideravelmente no mundo todo. Isso deve nos preocupar, e muito, como cristãos, pois a depressão é uma doença psicológica mas também é uma doença espiritual. E nós cristãos, como pessoas que se ajudam espiritualmente, devemos ficar atentos para este mal que assola nossa juventude. A religião serve para ligar o homem a Deus, ligação essa que muitas vezes a depressão rompe.

A depressão atinge cerca de 350 milhões de pessoas no mundo todo, e uma boa parte dessas pessoas depressivas estão entre a faixa etária de 15 a 25 anos. São dados alarmantes e que podem acarretar uma série de problemas. O principal deles é o suicídio.

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É necessário, primeiramente, sabermos diferenciar a tristeza patológica da transitória, que é a provocada por momentos que são desagradáveis e difíceis de serem encarados, mas que são inerentes à vida, são fatos que independem do indivíduo, mas que este, por sua vez, nem sempre consegue lidar com tais acontecimentos, como por exemplo a perda de um familiar, frustrações amorosas, a demissão de um emprego, etc. Já no caso da depressão como uma enfermidade, a pessoa perde o sentido das coisas, da vida. Quando alguém não sofre desta doença, consegue passar por esses momentos de adversidade sem grandes problemas, mas para quem sofre desse mal, a tristeza é algo permanente, o humor está sempre deprimido, há uma perda da criatividade, satisfação e prazer. Acontecendo essa ausência de sentido, a pessoa tende a ser negativa, há falta de ânimo, pensamento de morte, pois “a vida não vale a pena ser vivida”.

Nos tempos atuais, a banalização da moralidade, da ética e da religiosidade tendem a agravar esse quadro preocupante. No passado, onde havia mais fortemente a conservação dos valores supracitados, talvez se escutasse bem menos a palavra DEPRESSÃO, pois as pessoas tinham com mais intensidade um apoio muito forte da religiosidade, em outras palavras, da . A busca pela santidade, a confiança em Deus, as devoções populares, de alguma forma, contribuíam e contribuem para a saúde mental de uma pessoa. Nós vemos hoje a situação, fazendo um contraponto entre nossas paróquias e nossos lares.

O quanto os bancos de nossas igrejas estão vazios e o quanto que os sofás nas casas estão ocupados? Como se pode encontrar um sentido para a existência se o próprio indivíduo não atua em sua própria existência? Se um jovem deixa de ter uma vida social real para habitar em um mundo povoado por avatares, como ele mesmo pode cobrar da vida, em sua realidade e não sua virtualidade, um sentido?

As pessoas com depressão geralmente falam muito desse tal 'sentido' que parecem não possuir. O certo é que ninguém perde o sentido da vida; ele apenas fica obscurecido pela nossa fraqueza espiritual e mental mediante situações que inevitavelmente temos que passar no ciclo da existência humana.

Leia MaisConselhos do Papa Francisco para ajudar a superar a depressãoComo já fora introduzido, a importância que a fé exerce na vida de uma pessoa e na cura deste mal espiritual-mental que tantos jovens sofre, é enorme pois para nós que cremos em Deus. Devemos n’Ele colocar todo o sentido de nossa existência, pois é no Divino que se encontra a alegria que não frustra, e fora d’Ele perdemos o foco do “para que?” vivemos aqui neste mundo.

A depressão nada mais é que um estado de lamentação da alma que se encontra por estar distante de Deus, pois ela mesma sabe que a escuridão imposta pela tristeza pode ser iluminada pela luz da felicidade que encontramos na Pessoa Divina.

Acredito que é isso o que está faltando para os jovens, e as pessoas em geral que sofrem desta doença encontrarem esse sentido, que é tão buscado em lugares onde certamente não se acha:  é através da fé e da recuperação de todos os valores que outrora foram tão salutares para a vida do homem. Precisamos ser jovens saudáveis, não somente com o corpo sarado, mas com uma mente sem feridas e uma “alma lavada” das coisas que podem nos tirar a alegria, que brota do coração de Jesus e que transborda pela nossa boca.

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Everton Lucas (Fotos Everton Lucas)
Everton Lucas

Apresentador e estudante de comunicação.

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