O que é que nos faz irmãos uns dos outros? Pode parecer uma pergunta que tem uma resposta um pouco óbvia, ora, somos irmãos quando possuímos os mesmos pais. No entanto, em uma passagem do Evangelho de Mateus, Jesus nos surpreende dizendo: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?" E, apontando com a mão para os seus discípulos, acrescentou: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mt 12, 48-50). Fica claro que existe outro tipo de irmandade, a espiritual.
Essa família que encontramos em Jesus é realmente a nossa família espiritual. E, nessa família, estamos todos olhando em uma mesma direção, que é a direção do Plano de Deus. Estamos a serviço da Igreja de Cristo, continuando a mesma missão do mesmo Jesus aqui na Terra. Estamos unidos por essa missão que nos é confiada. Cada um, à sua maneira, desde sua vocação, contribui de maneira única para o crescimento do Reino de Deus.
E, como família espiritual, nos experimentamos conectados uns com os outros de uma maneira muito profunda. Podemos ir a qualquer parte do mundo e, ao entrar em uma Igreja, perceber que estamos em casa. Podemos não conhecer todos os outros membros da família, mas rezamos por eles, sofremos porque sabemos que alguns sofrem, nos alegramos quando sabemos de alguma alegria especial. Mesmo sem nos vermos todos, sabemos que cada um, desde sua realidade pessoal, luta por ser fiel ao chamado que escutou e generosamente respondeu.
O Evangelho de Cristo, essa Boa Nova anunciada, nos tocou a todos, e a Ele nos aderimos e ao seu serviço nos colocamos. Isso não é uma decisão mais entre as outras tantas que tomamos todos os dias. É uma decisão que implica toda a vida. Servir ao Senhor é viver uma vida entregue a Ele, não é apenas fazer alguns atos esporádicos de solidariedade. Jesus mesmo nos disse que não podemos servir a dois Senhores ao mesmo tempo, porque amaremos um e odiaremos o outro (Mt 6, 24). E queremos amar o Senhor que nos amou primeiro.
Vivendo como uma família espiritual a serviço do Evangelho, vamos cumprindo o desejo que Deus tem para cada um de nós. E vamos, da mesma maneira, irradiando a luz de Deus pelo mundo, que anda, muitas vezes, na escuridão.
No final das contas, essa é a nossa missão: ajudar como podemos, para que outras pessoas se encontrem também com esse Jesus que nos encontrou.
Não importa se o que podemos fazer é muito ou pouco, Madre Tereza de Calcutá dizia que o que realmente importa é a intensidade de amor que colocamos em cada uma dessas coisas.
Jesus também disse que a semente que cai em terra boa dá frutos, umas 30, outras 60, outras ainda 100, cada uma a seu ritmo e capacidade. O importante aqui é que a semente caia em terra boa e germine.
Talvez hoje seja o momento de se perguntar se realmente nós experimentamos parte dessa família espiritual, desse corpo místico do qual Jesus é a cabeça. Estamos realmente comprometidos com a missão em comum que possuímos? Podemos fazer algo a mais?
Certamente, vale a pena lembrar que estamos aqui nessa família porque descobrimos um chamado de Deus, um chamado que vem junto com uma promessa de Vida Plena, de Felicidade e de Paz, de Verdade. Quanto mais unidos a Ele, mais plena será nossa vida.
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