Crescendo na Fé

Nosso destino está escrito nas estrelas?

José Eymard (Foto José Eymard)

Escrito por José Eymard

14 OUT 2016 - 09H03 (Atualizada em 06 JAN 2021 - 10H27)

Uma ideia que ronda a cabeça dos homens é a possibilidade de conhecer o próprio futuro. É um tema explorado em diversos filmes e livros e realmente acende o imaginário de alguns. Existem, no entanto, alguns que não deixam isso apenas ao imaginário e, por meio de consultas de signo e outras atividades relacionadas à astrologia, buscam respostas para a própria vida.

O que pode significar essa prática? E, no fim das contas, estaria o nosso destino escrito nas estrelas?

:: Dica de Cinema: Milagres do Paraíso

Shutterstock
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Essa prática de adivinhação, ou também chamada de esoterismo, é condenada em algumas passagens da Escritura, como por exemplo em Dt 18, 10: “Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro”. Mas, por quê? Existem, pelo menos, duas razões que parecem ser importantes e que precisam ser levadas seriamente em consideração.

A primeira delas é que esse tipo de prática mostra certa desconfiança em Deus e em Sua providência divina. Se possuímos um Pai que nos ama infinitamente e que tem contados até os fios de cabelo de nossas cabeças, por que precisaríamos buscar em outras fontes uma certeza que não nos veio de parte do Senhor? 

Jesus diz, em vários momentos, que tudo o que pedirmos ao Pai em seu nome, nos será concedido. Será que precisamos mais do que isso? Pareceria que, ao buscar a astrologia, colocamos em dúvida o poder e a misericórdia de Deus. E o que Ele quer é, justamente, que confiemos nele, inclusive (ou especialmente) nos momentos em que as nossas seguranças se veem abaladas por algum motivo.

Depois, sabemos que o mundo espiritual não está composto apenas por anjos bons que nos ajudam a sermos cada vez mais santos. Conhecemos também a existência de anjos caídos, que estão determinados em nos afastar dos caminhos de Deus. É razoável pensar que, ao buscarmos seguranças que não vêm de Deus, encontraremos falsas seguranças, nas quais os demônios podem estar implicados, claro, revestidos de luz, como sabemos que costumam fazer. É preciso tomar cuidado com isso: como católicos, não podemos nos esquecer desses seres pervertidos e pervertedores, que não descansam em sua empreitada de afastar as almas de Deus.

Denis Belitsky/ Shutterstock
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O nosso futuro não está escrito nas estrelas

Está no coração de Deus! Não como algo estático, que elimina a dignidade de nossa liberdade, mas como um projeto amoroso do Senhor. É confiando n'Ele, aprendendo a escutá-lo na oração, em uma vida de intimidade com Ele, que conseguiremos discernir os caminhos pelos quais Ele nos convida a caminhar: o caminho da nossa vocação, do seguimento do Plano de Deus, do anúncio do Evangelho a todas as nações. Se não o escutamos, não quer dizer que Ele não esteja falando. Vale a pena nos perguntar como vai a nossa relação com Deus.

Maria é o melhor exemplo dessa confiança. Quando recebe a mensagem do anjo de que seria a Mãe do Salvador, ela com certeza não conhecia todos os detalhes daquilo que iria acontecer se respondesse sim. Ela sabia, no entanto, o suficiente, que a permitiu dar esse salto de fé e de confiança na Palavra do Anjo e pronunciar o seu Fiat, o seu SIM generoso. Não quis saber mais do que lhe era revelado por Deus, confiou, como sempre confiou; sabia que olhando por ela não estão as estrelas, mas um Pai Amoroso, que não lhe faria caminhar por caminhos que não fossem santos.

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José Eymard (Foto José Eymard)
José Eymard

Jornalista e ex-apresentador da TV Aparecida

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Por João Antônio Johas Leão, em Crescendo na Fé

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