Crescendo na Fé

Quais foram os motivos da morte de Jesus?

João Antonio Johas Leão (Arquivo pessoal)

Escrito por João Antônio Johas Leão

03 ABR 2015 - 09H20 (Atualizada em 16 ABR 2021 - 11H23)

Leia MaisO que Maria fez depois da morte de Jesus? Nessa época, temos à nossa frente de maneira particularmente intensa a imagem da crucificação e morte do Senhor Jesus. É uma imagem conhecida para nós, católicos, na qual precisamos meditar uma e outra vez para aprofundar na nossa amizade com Ele, que está crucificado por nós.

Uma pergunta que pode nos ajudar a entrar um pouco mais nesse mistério de amor é a seguinte: Por que Jesus morreu?

Antes de saltar para a resposta, que todos conhecemos de maneira, talvez, superficial, e dizer que Ele morreu por nossos pecados, aproveitemos essa reflexão para realmente nos aproximarmos um pouco mais desse acontecimento e, quem sabe, entender um pouco melhor o que significa, para cada um de nós, que Ele tenha morrido por nossos pecados.

Leia MaisComo vencer os nossos pecados de estimação?Uma primeira passagem que ilumina toda essa realidade da Paixão e Morte de Jesus se encontra no Evangelho de João: “Ninguém a tira de mim; antes Eu a entrego de espontânea vontade.” (João 10, 18)

Nessa passagem, Cristo está falando sobre sua própria vida e nos deixa claro que tudo o que está por acontecer com ele na sua Paixão e Morte, acontece porque Ele está entregando sua vida livremente.

Pode parecer que Jesus está dominado e subjugado quando o flagelam e fazem piadas sobre Ele, mas tudo isso só está acontecendo porque Ele mesmo quis estar ali. E porque Ele quis? Por amor a cada um de nós.

O Catecismo nos mostra, primeiramente, uma visão mais terrena de todo o processo de Jesus e vale a pena conhecer o que aconteceu, de fato, naqueles dias. Nos diz o Catecismo no número 596:

“O Sinédrio, depois de declarar Jesus “passível de morte” na qualidade de blasfemador, mas, tendo perdido o direito de pô-lo à morte, entrega Jesus aos romanos, acusando-o de revolta política, o que colocará Jesus no mesmo pé que Barrabás, acusado de sedição (ato de rebelião). São também ameaças políticas o que os chefes dos sacerdotes fazem a Pilatos para que condene Jesus a morte.”

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Sabemos, pelas Escrituras, que Pilatos, cedendo à pressão do povo, entregou Jesus para ser crucificado e lavou as suas mãos do Sangue de Cristo. Não podemos atribuir, no entanto, a culpa de que Jesus tenha sido crucificado a Pilatos ou aos Judeus, que o queriam morto. O Catecismo continua nos ensinando: 

“Foram os pecadores como tais os autores e como que os instrumentos de todos os sofrimentos por que passou o Divino Redentor. [...] E é imperioso reconhecer que nosso próprio crime (dos cristãos), neste caso, é maior do que o dos judeus. Pois estes, como testemunha o Apóstolo, 'se tivessem conhecido o Rei da glória, nunca o teriam crucificado'. (1 Cor 2,8)"

Leia MaisBuscamos vacina para o coronavírus... e a vacina para o pecado?Agora sim, devemos voltar a resposta que conhecemos: "Jesus morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras.” Estava no projeto do Pai essa entrega até o extremo. Como nos diz o Catecismo, “Deus permitiu os atos nascidos de sua cegueira, a fim de realizar seu projeto de salvação.”

“A morte redentora de Jesus cumpre, em particular, a profecia do Servo Sofredor. Jesus mesmo apresentou o sentido de Sua vida e de Sua morte à luz do Servo Sofredor. Após a sua Ressurreição, Ele deu esta interpretação das Escrituras aos discípulos de Emaús, e depois aos próprios apóstolos.” (Catecismo 601)

A morte de Cristo é uma realidade muito dura. Ela nos lembra de quão graves são os nossos pecados, mas também, e sobretudo, nos lembra que o amor de Deus é maior que todos os nossos pecados juntos.

Ele, sabendo de todas as nossas misérias, as assume livremente em Jesus, para poder salvar-nos da escravidão do pecado e para abrir-nos a uma vida Plena em comunhão com Deus. No fim das contas, voltamos, espero que com maior profundidade, à resposta:

Jesus morreu por amor a mim, a você e a toda a humanidade!

Escrito por
João Antonio Johas Leão (Arquivo pessoal)
João Antônio Johas Leão

Licenciado em filosofia, mestre em direito e pedagogo em formação. Pós-graduado em antropologia cristã e entusiasta de pensar em que significa ser cristão hoje.

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