“Dai-lhes vós mesmos de comer” (Lc 9,13). Este convite de Jesus, retirado do Evangelho de São Lucas, inspira o Documento de Estudos da CNBB n.º 103 — Pastoral Juvenil. Identidade e Horizontes.
A partir da simbologia dos “cinco pães e dois peixes” e dos “grupos de cinquenta”, o texto reflete o esforço coletivo para a evangelização juvenil no Brasil. Apesar das limitações humanas, o objetivo é que todos se aproximem de Cristo e ajudem a saciar a “fome” espiritual de muitos jovens.
O Documento 103 destaca-se como referência essencial para a organização da Pastoral Juvenil, buscando iluminar e impulsionar a evangelização da juventude por meio de iniciativas já consolidadas no Brasil. Elaborado a partir de uma solicitação dos bispos referenciais da juventude, o material se propõe a fortalecer a Pastoral Juvenil e servir como suporte complementar ao Documento 85 — Evangelização da Juventude: desafios e perspectivas pastorais.
Dividido em oito capítulos, o documento aborda a estrutura, a organização e os agentes envolvidos na Pastoral Juvenil no Brasil. Entre os temas tratados estão o papel da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude (CEPJ), as Pastorais da Juventude, os movimentos, as novas comunidades, as congregações e os responsáveis nos diferentes níveis de atuação — paroquial, diocesano, regional e nacional.
O texto reforça que a Pastoral Juvenil é uma ação organizada da Igreja para a evangelização dos jovens, fundamentada nos princípios de unidade eclesial, organicidade processual e protagonismo juvenil. A CEPJ é destacada como responsável pela integração entre os agentes evangelizadores, promovendo a unidade necessária para atender aos sonhos e anseios da juventude.
Um dos capítulos do Documento 103 é dedicado ao Setor Juventude, instância diocesana que busca unir e articular as expressões juvenis em um trabalho conjunto.
O texto ressalta que o setor não é uma estrutura rígida, mas um meio complementar de fortalecer a evangelização juvenil sem sobrecarregar as atividades já existentes.
O objetivo é promover a comunhão, valorizar o protagonismo juvenil e organizar eventos como a Jornada Diocesana da Juventude e o Dia Nacional da Juventude.
A conclusão do documento chama atenção para os jovens que, embora próximos, permanecem distantes da fé ou enfrentam crises existenciais, carências familiares, exclusão social e digital, ou situações de vulnerabilidade, como o uso de drogas e a exploração sexual. O documento enfatiza a necessidade de uma “conversão pastoral” que renove estruturas, concentre forças e promova estratégias inovadoras e proféticas.
Essa conversão, segundo o texto, deve partir de cada coração comprometido com a missão de saciar a fome do próximo, acreditando na capacidade transformadora da juventude e no poder de Cristo de oferecer vida em abundância. Como destaca o documento:
“Ainda há muita fome — mas que bom — há muito pão! Pão abençoado pelo Mestre! Doze cestos transbordantes (…)”.
A Pastoral Juvenil no Brasil, com sua diversidade de carismas e espiritualidades, continua sendo um espaço vibrante de evangelização e unidade, onde jovens e adultos são chamados a testemunhar a alegria da fé e a esperança de um mundo novo em Cristo.
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