Há 33 anos, ao convocar os jovens de todo o mundo para um encontro, São João Paulo II, o “Papa da Juventude”, mudaria para sempre as nossas vidas. A partir dessa iniciativa, passamos a sentir, de fato, que somos ovelhas sob os cuidados constantes de um pastor. Isto porque aquele seria somente o primeiro de muitos encontros. Desde então, os temas da JMJ têm norteado a fé e a vida de jovens de todo o mundo.
Logo de cara, na JMJ 1986, em Roma, nosso querido Patrono já nos deu um forte recado: “Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês”. Isso significa que deveríamos ter sempre a certeza e a confiança de que Cristo jamais nos abandona, e era urgente demonstrar coragem diante de um mundo em franca transformação. Ficamos tão felizes com o presente, que queríamos ficar! “Resta qui con noi” (fica aqui conosco), cantávamos!
Esse amor, que nunca abandona e merece nossa integral confiança, retornou no ano seguinte, 1987, na JMJ da Argentina: "Assim conhecemos o Amor que Deus tem por nós e confiamos nesse Amor". (I Jo 4, 16). Com fé e confiança, seríamos, então, capazes de transbordar o Amor de Deus aos quatro cantos do mundo.
Em 1989, um ano marcado pela luta por liberdade (como não falar aqui, por exemplo, da reunificação alemã, da luta dos chineses, da primeira eleição por votação direta após a redemocratização brasileira...), JPII veio à Espanha, na cidade de Santiago de Compostela, como quem afaga um amigo cansado de lutar, e recorda as palavras de Jesus: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida". (Jo 14, 6). Esse carinho do Papa nos mostrava, mais uma vez que, em Cristo, estávamos na direção certa.
Dois anos depois, em 1991, novamente São João Paulo II nos acolhia na sua terra natal, a Polônia, nos encorajava e inspirava a agir: "Vocês receberam o Espírito que os adota como filhos". (Rm 8, 15). Sendo filhos do mesmo Pai e irmãos na fé, nada poderia nos desanimar.
Já em 1993, do outro lado do Atlântico, em Denver (EUA), João Paulo II dizia que deveríamos experimentar a plenitude da vida, pois ela já nos havia sido dada por Cristo, como Ele mesmo afirmou: "Eu vim para que tenham Vida, e a tenham plenamente". (Jo 10, 10)
Assim, tínhamos a vida, a fé, a coragem e o Amor incondicional do Pai. Mas, o que fazer da nossa vida? Essa pergunta, tão pertinente à nossa realidade de jovens, foi respondida na JMJ das Filipinas, em 1995, o maior encontro de jovens da história: "Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio". (Jo 20, 21) Ou seja, era preciso agir! O chamado de Deus era – e é – urgente!
Aí veio o frio na barriga: Por onde começar? Como fazer? JESUS, ME AJUDA! Onde eu te acho? Chegamos à JMJ de Paris, em 1997, pedindo socorro para responder ao chamado. "Mestre, onde moras? Vinde e vereis" (Jo 1, 38-39) era o tema daquela jornada. E lá fomos nós, caminhando rumo ao novo milênio que se aproximava.
De volta ao berço da Igreja, em Roma, fomos recarregar as energias. O tema daquele ano 2000, "E o Verbo se fez Carne e habitou entre nós" (Jo 1, 14), era sinal de que a Palavra de Deus sempre se cumpre, uma vez que Jesus havia vindo para mudar a história da humanidade para sempre. “Iluminando a nossa vida, Cristo nos revela que não se vive se não se busca a plena verdade”, dizia o marcante hino “Emanuel” (que, inclusive, a gente não consegue parar de cantarolar toda vez que se lembra dele!)
No Canadá, em 2002, já carregávamos em nós uma palavra infalível de encorajamento: "Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo". (Mt 5, 13-14) vinha para temperar e iluminar a caminhada, em meio às pressões constantes de um mundo de escuridão e insipidez, onde o ato de consumir e subverter parece fazer mais sentido e tem mais importância que a própria necessidade de consumo. Bora lá, meu povo! O mundo precisa de nós!
Em 2005, um ano doído no coração por causa da perda de João Paulo II, retornávamos ao continente europeu, em busca da luz de Cristo que havíamos visto e que precisava nos reabastecer, para continuarmos sendo luz para os irmãos. O que fazer sem JPII? A resposta viria da Alemanha, justamente para onde já estávamos indo, pois a JMJ seria naquele país. Fomos visitar nosso anfitrião, o Papa Bento XVI, dizendo: "Viemos adorá-Lo". (Mt 2, 2) Era a primeira viagem apostólica do novo papa, e a expectativa era grande para os “órfãos” de JPII. Pela graça de Deus, havíamos ganhado um pastor doce e firme ao mesmo tempo, que vinha para restaurar os princípios fundamentais de nossa fé, como dizia seu lema de papado “Cooperator Veritatis” (Cooperador da Verdade).
Aííííí... seguimos para o outro lado do planeta, em Sydney (Austrália), com esta missão de iluminar, temperar e portar a Verdade do Evangelho de Cristo ao redor do mundo. Lá, em 2008, fomos lembrados de que a Graça continuaria presente entre nós: "Recebereis a força do Espírito Santo, que virá sobre vós, e sereis minhas testemunhas". (At 1, 8) Saímos de lá mais fortes que o He-Man! Tínhamos “A” Força!
Com essa força, voltamos para a Europa e, em Madri, "enraizados e edificados em Cristo... firmes na Fé". (Cl 2, 7), nem uma SENHORA TEMPESTADE, bem na hora da vigília com o Papa Bento XVI nos derrubou em 2011. Nosso propósito de sair evangelizando ao redor do mundo seguiu firme, edificado sobre a rocha! Ele nos disse, naquela noite: “Queridos jovens, a felicidade que buscais, a felicidade que tendes o direito de saborear, tem um nome, um rosto: o de Jesus de Nazaré!” Pronto! Vida, sabor, luz, rumo certo, verdadeira alegria... tudo em Jesus! O que mais a gente quer, né não?
Porém, seguir nesse caminho nos apresentaria, em 2013, um novo desafio: sofrendo as dificuldades de pastorear um rebanho tão vasto como o nosso, Bento XVI pediu para se afastar das atribuições de pontífice. Ficamos CHO-CA-DOS, mas sabíamos que nem o pastoreio, nem desistir dele, era algo fácil. Unidos em oração com nosso Papa, pedimos ao Espírito Santo alguém que pudesse nos ajudar a seguir, afinal já estávamos de malas prontas para o Rio de Janeiro, sede da JMJ daquele ano. Então, eis que... Francisco entra em cena! Com seu jeitinho todo especial, de dizer em três palavras o que precisa ser dito, veio o recado: “Ide, sem medo, para servir!” Três palavrinhas simples, que resumiam o lema da JMJ: "Ide e fazei discípulos entre todas as nações". (Mt 28, 19)
Evangelizar, entretanto, requer muitas vezes que saibamos agir com misericórdia, ou seja, nos colocando no lugar do outro. Foi isso que aprendemos ao voltar à Polônia para a JMJ 2016. "Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque encontrarão misericórdia". (Mt 5, 7) foi a lição que ecoou naquelas terras, onde, ao mesmo tempo em que tristemente tantas vidas foram ceifadas pela guerra (lembram da oração silenciosa - e dolorosa - que Francisco fez ao visitar o campo de concentração de Auschwitz? Choramos litros com aquela cena!), Deus também nos havia dado Santa Faustina e – claro – São João Paulo II.
E aí, minha gente, vimos que, de fato, evangelizar e testemunhar com coragem é a missão primeira de todo jovem e todo cristão. E a melhor forma de fazer isso, qual é mesmo? BINGO! Acertou quem disse que é tendo Maria como modelo (acharam que a gente não ia falar dela, né?). É ela, em sua posição de Serva do Senhor, que nos encoraja também a dizer sim ao chamado: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra". (Lc 1, 38)
Bora pro Panamá! A JMJ 2019 vai começar!
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