Entenda a posição do governo Bolsonaro nas áreas da educação, política e economia

José Cruz/Agência Brasil

Presidente Jair Bolsonaro

Leia Mais

O governo do presidente Jair Bolsonaro completa os primeiros 100 dias cercado de declarações polêmicas, inconsistências e baixas no primeiro escalão. A área da educação foi uma das mais afetadas com a gestão do ex-ministro Ricardo Vélez, demitido no início desta semana.

A diretora do Instituto Inspirare, Anna Penido, afirma que o ministério não andou durante estes 100 dias e existem muitas tarefas atrasadas a serem cumpridas. Ela ainda diz que o novo ministro não vem da área da educação e, por isso, as prioridades da pasta podem ser prejudicadas.

No período de 100 dias, o governo já enfrentou diversas polêmicas em razão de declarações dos filhos do presidente, trocas de ministros e uma relação conturbada com o Congresso, devido à pouca articulação política com os parlamentares. Uma vez já foi declarado pelo presidente que "não se fará mais a velha política" no Brasil.

Para o especialista Aldo Fornazieri, o presidente vem perdendo cada vez mais apoio da sua base aliada.“O próprio Bolsonaro já disse que não nasceu para ser presidente, mas é terrível que não se tenha noção do que é ser presidente, e isto destrói o país, que precisa ter credibilidade interna e externa.”

O economista Gil Castello Branco, fundador e secretário geral da Associação Contas Abertas, fala sobre a principal bandeira do presidente - a Reforma da Previdência - e afirma que o cenário que temos neste período já era esperado:

“Na realidade dos 100 dias, nós temos que observar que o Congresso Nacional só começou a funcionar em fevereiro, e precisamos levar em consideração também que houve uma renovação muito grande.”

O especialista ressalta que, em linhas gerais, a Reforma da Previdência é o principal eixo para destravar a economia, e já atrapalha tanto a economia interna quanto o relacionamento com outros países.