Entenda o motivo das constantes rebeliões em presídios superlotados

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- cerca de 415 mil vagas nos presídios de 26 estados e do Distrito Federal;

- cerca de 705 mil pessoas estão presas atualmente em presídios, chegando a quase 755 mil, se contarmos o regime aberto e os detidos em carceragens da polícia;

- gera um déficit de 288 mil vagas, ou seja, 69,3% de superlotação.

- Pernambuco, Roraima e Amazonas são os estados com maior número de superlotação

Um dos resultados de tamanha desordem no sistema são as rebeliões. Desde outubro de 2016, números alarmantes têm chocado o país: quase 300 presidiários mortos no Brasil. O episódio mais recente foi em Altamira (PA), com 62 mortos. Até hoje, ninguém foi condenado por nenhum desses crimes.

:: Conheça de perto realidade prisional do Vale do Paraíba, no estado de São Paulo

Rebeliões em presídio

Um levantamento feito pela Folha de São Paulo mostra que, dos grandes motins que chocaram o país nos últimos anos, a maior parte deles não teve nem sequer investigações policiais concluídas (como Roraima, Rondônia, Amazonas, Rio Grande do Norte e Pará).

Os casos mais avançados, onde o processo chegou à Justiça, são de Tocantins e Amazonas, mas ainda sem qualquer responsabilização.

Pastoral Carcerária em ação

Irmã Petra Fáller, coordenadora Nacional da Pastoral Carcerária analisa os principais motivos que levam a essa impunidade.

E comenta também sobre as dificuldades enfrentadas pela própria Pastoral Carcerária, que tem como missão levar aos detentos e familiares a assistência espiritual. Segundo a irmã, o estado tem dificultado cada vez mais.

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