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O procurador-geral da República, Augusto Aras pediu ao Supremo Tribunal Federal, uma investigação após as declarações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que acusou o presidente Bolsonaro de interferência política na Polícia Federal para obter acesso a informações sigilosas.
A intenção é apurar se se os crimes apontados por Moro, como falsidade ideológica, obstrução de justiça, corrupção passiva, entre outros, foram de fato, cometidos.
Dr. Acácio Miranda, Mestre em Direito Penal Internacional pela Universidade de Granada/Espanha, fala sobre esse processo:
- Conforme os indícios apontados por Aras, tanto Bolsonaro quanto o próprio Moro serão alvos do inquérito. Até onde essas investigações podem chegar tanto para o ex-ministro, quanto para o presidente? - O ex-diretor-geral da PF Maurício Valeixo, deve ser ouvido também neste processo, sobre a conduta do presidente e apresentar provas dessas interferências? - Esse pedido pode agravar ainda mais ao seu ver a situação da crise política de Bolsonaro, após a perda de um dos seus ministros mais importantes? |
Delegados da PF pedem a Bolsonaro compromisso com autonomia financeira
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O ministro da Secretaria-geral da Presidência, Jorge Oliveira, é o nome cotado para assumir o Ministério da Justiça no lugar de Sérgio Moro. Já para comandar a Polícia Federal o nome preferido é do delegado Alexandre Ramagem, atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin.
Os dois são a primeira opção do presidente Jair Bolsonaro, desde se instalou a mais nova crise política no governo. De acordo com Sergio Moro, ingerências sobre o comando da PF motivaram ele a sair do Governo. E essas acusações são vistas com muita preocupação pela categoria, como conta a presidente do sindicato dos delegados da Polícia Federal de são Paulo, doutora Tânia Prado.
Doutora Tânia não rechaçou os nomes propostos, mas sim a maneira como eles foram apresentados para comandarem não só a Polícia Federal, como também o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) encaminhou uma carta pública ao presidente Jair Bolsonaro, na qual a entidade pede autonomia financeira para a PF e o estabelecimento de um mandato para o diretor-geral da instituição. Doutora Tânia, falou também sobre uma proposta de emenda a constituição, dando mais autonomia para a corporação, principalmente na forma de escolher os nomes que possam comandar a PF.
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