Milton Ribeiro é exonerado do Ministério da Educação

O governo anunciou em edição extra do "Diário Oficial da União", a saída do cargo de Milton Ribeiro, quarto ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro a deixar o posto. Pastor presbiteriano e professor, Ribeiro estava desde julho do ano passado no comando do MEC e pediu ontem sua exoneração, após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro.

A saída de Milton Ribeiro se deu uma semana após revelação feita pelo jornal "Folha de S. Paulo", de uma gravação na qual o ministro diz repassar verbas do ministério para municípios indicados por dois pastores, a pedido do presidente Jair Bolsonaro.

Os pastores a que o ministro se refere no áudio são Gilmar Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil e Cristo Para Todos (Conimadb), e Arilton Moura, ligado à Assembleia de Deus. Eles não têm cargo no governo, mas nos últimos anos participaram de várias reuniões com autoridades e tiveram encontros com Bolsonaro.

O professor Francisco Borges, mestre em Educação e consultor da Fundação FAT em Gestão e Políticas Públicas voltadas ao Ensino, comentou a polêmica. Ele falou dos impactos negativos para a educação do país, diante das trocas consecutivas no comando do MEC. Francisco Borges disse ainda o que esperar de um novo responsável pela pasta e que as suspeitas de favorecimento precisam ser esclarecidas.