Programa de redução de jornada e salários vai até dezembro

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O presidente Jair Bolsonaro prorrogou, até 31 de dezembro, o programa que autoriza empresas a reduzirem proporcionalmente ou suspenderem, a jornada e salário dos funcionários. O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEM) foi uma das alternativas do Governo, para enfrentar a crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus. O programa prevê que o Governo recomponha parte da renda dos funcionários por meio de um auxílio financeiro.

Para o economista e especialista em economia trabalhista, doutor José Dari Krein a medida, mesmo que tímida, atenuou as demissões durante esse período de calamidade.

Apesar dos benefícios, o especialista disse que a economia no Brasil já estava em uma situação precária, antes mesmo da pandemia. Segundo ele, os indicadores do primeiro trimestre mostravam a perda de dinamismo. Dari Krein acredita que não haveria alternativa a não ser a interferência do Estado, mas ainda assim, o Governo, segundo ele, ainda age muito timidamente com suas ações para fomentar a economia, manter emprego e gerar renda.

O economista disse que, a partir do momento que essas medidas não forem mais utilizadas, a tendência é que o desemprego aumente. Segundo ele, a economia no Brasil vai perder dinamismo, e a medida mais importante até agora, foi o Auxílio Emergencial. Sem os benefícios, o economista prevê a perda do poder de compra do brasileiro.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que, de abril a setembro, 9.734.159 de empregados formais tiveram redução de jornada e salário ou suspensão do contrato de trabalho.

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