Teve início nesta segunda-feira (12) a 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), neste ano de forma totalmente virtual, devido à pandemia. O Arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, abriu oficialmente o encontro às 8h, no horário de Brasília (DF).
“Este caminho é de grande importância, é o ponto alto do coração do serviço eclesial prestado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Somos desafiados a abrir o coração e a vivenciarmos esse caminho sob as luzes de Cristo ressuscitado, guiados e movidos pela ação do seu Espírito Santo”, motivou dom Walmor.
O presidente da CNBB também recordou o Santuário Nacional de Aparecida, que acolhe as assembleias da CNBB desde 2011, e homenageou os pobres, os mortos, os enlutados. Os bispos dedicaram a abertura da Assembleia também para rezarem as Laudes e invocarem o Espírito Santo com o “Veni, Creator”.
Abaixo, preparamos um balanço de diferentes momentos deste primeiro dia. Confira!
A programação iniciou com a Missa de abertura, presidida pelo Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado, direto da Capela Nossa Senhora Aparecida na sede da entidade, em Brasília (DF).
Segundo o bispo, essa Assembleia Geral tem que ser, antes de tudo, uma atitude de fé. “Este ano, com a tecnologia, depois de inúmeras experiências, e nós nos sentimos razoavelmente seguros para realizar a assembleia".
Núncio apostólico falou a todos os brasileiros
O Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, dirigiu-se, pela primeira vez, a todo o episcopado brasileiro. Ele foi nomeado pelo Papa Francisco no dia 29 de agosto de 2020 e desembarcou no Brasil para iniciar sua missão no dia 7 de janeiro de 2021.
Em sua mensagem, o representante da Santa Sé no Brasil destacou a importância da reunião dos bispos que, mesmo de forma remota, é expressão de comunhão e testemunho de oração. O núncio afirmou que a CNBB está agindo de forma corajosa. Frisou que, ao participar da reunião do Conselho Permanente da Conferência, percebeu que os bispos estão olhando para os flagelos que assolam a humanidade e chorando as dores do povo, com o coração de pastores, sem ficar a fazer análises rasas sobre a pandemia.
O Núncio, por fim, motivou os bispos a ouvirem o ruído do Espírito Santo e continuar a fazer uso dos “novos meios que a providência oferece”. Concluiu sua fala, com votos de bom êxito para a Assembleia: “Que a intenção de cada um seja movida pelo amor, afim de santificar o ministério pastoral. Que o Senhor Jesus seja sempre louvado em tudo o que for rezado, dialogado e vivido durante essa assembleia”.
Coletiva de Imprensa
A primeira Coletiva de Imprensa abordou o tema central da Assembleia, que diz respeito ao Pilar da Palavra proposto pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023).
Participaram o Arcebispo de Curitiba (PA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, Dom José Antônio Peruzzo, que é membro da Comissão do Tema Central; o Bispo de Garanhuns (PE), biblista e presidente do Regional Nordeste 2 da CNBB, Dom Paulo Jackson Nóbrega de Souza; e o Bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA), liturgista e membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, Dom Armando Bucciol. O Bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, Dom Joaquim Mol, foi o anfitrião das coletivas de imprensa.
Durante a explanação inicial, Dom Peruzzo disse que o tema da Palavra nunca terá sido suficientemente esgotado e que, devido a mudanças culturais e comportamentais, este tema sempre retornará.
Já Dom Paulo Jackson lembrou que, após o Concílio Vaticano II, iniciou-se um grande movimento bíblico de caráter popular, grupos de leitura orante, etc., o que é muito bom, mas também existem grandes desafios, como, por exemplo, o processo de iniciação da vida cristã, que é movido pela força da Palavra, o problema do acesso, seja por dinheiro, pelo analfabetismo ou pelas deficiências físicas, no qual necessita-se cada vez mais uma atenção a Libras, Braille, etc.
Ele também citou o fundamentalismo, que tem provocado grandes problemas, além da 'teologia da prosperidade' e destacou ainda três importantes contextos: pobreza, violências e globalização.
Por sua vez, Dom Armando Bucciol acrescenta que o desejo da CNBB é que a palavra de Deus seja desejada pelo povo. “Haverá o tempo em que o povo terá fome e sede de ouvir a palavra do Senhor”.
Dom Bucciol lembra São João Crisóstomo: “Não posso permitir que o dia passe sem eu ter nutrido pessoas com o tesouro da Sagrada Escritura”.
Para ele, é necessário que tomemos consciência do valor dessa tomada de Palavra, com linguagem, ação missionária, na piedade popular, na família como sujeito fundamental, e reafirmar como Igreja o empenho de trabalhar com a juventude.
Fonte: * Com informações da CNBB
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