A queda dos Ícones: Uma análise política global

O que observamos nos últimos anos foi a queda de grandes personalidades da política mundial. Grandes Ícones, que marcaram a política tanto no século passado quanto agora, no século XXI, de modo que começam a surgir países “órfãos” de lideranças fortes, que antes garantiam a soberania de cada nação no cenário político internacional.

Podemos pensar que a 'roda da fortuna', como diria o grande filósofo político do século XVI, Maquiavel, derrubou os grandes políticos que pensaram o cenário político do século XX e do inicio do século XXI, e a partir de agora, surgem novos políticos, pouco experientes e que se digladiam em lutas internas, desmoralizando seus próprios países.

Políticos jovens passam a tomar o lugar dos antigos, e assim, com a roda da fortuna girando novamente, vemos novas figuras e novos ícones surgindo no cenário internacional. E aqueles que ainda se prendem aos antigos sistemas políticos do século passado caem num conservadorismo e acabam por formar pequenas “ilhas políticas”, onde seus seguidores não desejam uma renovação, mas um retorno ao antigo regime.

Vemos isso em cenários políticos onde o extremismo está no poder, e aqueles que exercem o poder sobre o povo e possuem seus seguidores, buscam o retorno de um antigo sistema político, de ambos os extremos (direita e esquerda) que, nos tempos atuais, já não servem e não se encaixam.

Como diria Aristóteles, “o homem é um animal político”, ou seja, o ser humano, em sua essência, realiza e faz a política em todos os âmbitos da vida. A vida é política, pelo simples fato de estarmos vivendo em uma sociedade em que a barganha e a troca de favores são essenciais para o avanço social; onde o dinheiro move a roda do poder e, a partir da política, vemos grandes homens, que levaram a sociedade ao auge em seu tempo, mas hoje, numa sociedade líquida, onde tudo é rápido e muda constantemente, políticos do século passado já não se encaixam. E aí, a política se torna essencial para movermos novamente a roda da fortuna.

Logo, a queda dos ícones da política motiva a sociedade em geral para um novo perfil. Novas ideias, novos métodos, mudanças que, num antigo estado político, não seriam aceitas, mas que com o surgimento de novos ares nos saguões dos parlamentos e congressos, vemos a sociedade avançar para um futuro, ainda incerto, mas que com esperança fará surgir um mundo novo.