A xenofobia não é um problema novo na sociedade global. Desde a antiguidade, a humanidade enfrenta este problema de olhar para o outro e não o reconhecer como um igual. Ver naquele que provém de uma cidade, um estado ou até um país diferente e não reconhecer nele um semelhante, um ser humano.
O Brasil, no século XX, tornou-se o ponto de recomeço para muitas pessoas de diversas nacionalidades: italianos, japoneses, libaneses, turcos, árabes, entre tantos outros que encontraram aqui um lugar de recomeço, de mudança, uma terra “acolhedora”.
O povo brasileiro é um povo mestiço. Uma junção de várias etnias forma o DNA de cada brasileiro. Dentro do Brasil também vimos movimentos demográficos, onde pessoas do Norte e Nordeste foram para o os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro em busca de melhores condições de vida, e ali se tornaram os construtores das grandes metrópoles brasileiras.
Leia MaisAspectos sobre a xenofobia e a convivialidadeEspecialista explica conceitos de xenofobia e convivialidadeSendo assim, o que se esperaria do povo brasileiro é uma empatia em relação aos estrangeiros e aos próprios brasileiros que, mesmo estando em Estados diferentes, buscam essas melhores condições para viver.
Mas, muitas vezes, não é o que ocorre. O desprezo que algumas pessoas têm pelos nordestinos, nortistas e estrangeiros causa grandes problemas sociais, e um deles é a xenofobia.
Desprezar o outro apenas por ser estrangeiro ou de outro Estado, não o aceitando em seu convívio social, revela o quão preconceituoso pode chegar a ser o ser humano, se recusando a aceitar o seu semelhante.
O preconceito contra outras nacionalidades e contra outras etnias e culturas cresce no Brasil a partir do momento em que um grupo de pessoas se considera mais importante que outros. Vê-se até mesmo na figura de governantes as atitudes de desvalorização de uma nacionalidade ou de etnias e culturas e repete-se a mesma atitude.
O problema da xenofobia, então, não está apenas numa determinada classe social, um num determinado grupo social, mas está na estrutura do País. Não é apenas o racismo que se tornou estrutural no Brasil, mas a xenofobia também. Os líderes da sociedade devem estar atentos a estes problemas e devem buscar soluções para eles, para que a sociedade brasileira não desmorone sobre si mesma, já que somos um povo constituído por vários povos.
Da mesma forma, dentro da Igreja é necessário ter atitudes de acolhida de todos os povos, para que assim todos os cristãos levem a cabo o ensinamento dado por Jesus: “Vinde a mim todos vós que estais cansados” (Mt 11,28).
Nenhum cristão tem a autonomia ou a ordem para julgar o outro, seja por causa de sua descendência, nacionalidade, regionalidade, entre tantos outros atributos que hoje são colocados dentro da sociedade. A atitude do cristão deve ser de acolhida e respeito a todos.
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