Brasil

Os pequenos empreendimentos movem a economia do país

Padre Inácio Medeiros C.Ss.R.

Escrito por Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

10 JAN 2022 - 14H20 (Atualizada em 10 JAN 2022 - 14H59)

Uma coisa precisamos compreender: Quem constrói a economia do nosso país e quem gira todo o mercado financeiro do Brasil não são apenas os grandes conglomerados. Na organização de nossa economia, têm um lugar muito especial os micro e pequenos empreendedores ou empresas de pequeno porte.

No Brasil, temos o impressionante número de 18 milhões de micro e pequenos empreendimentos. Eles estão enquadrados no sistema chamado de SIMPLES, que foi criado em governos anteriores, beneficiando muita gente. Se você coloca duas pessoas trabalhando em cada um desses empreendimentos, já teremos aí 36 milhões de pessoas empregadas, levando para casa o recebimento mensal que vai garantir o seu pão de cada dia. 

Outro número que impressiona é o fato de que 75% dos empregos são gerados pelas pequenas e microempresas, que estão em todos os setores da economia. Basta a gente ver a realidade das pequenas cidades do país, onde as grandes empresas, especialmente as multinacionais, não chegam.

Odua Images/ Shutterstock
Odua Images/ Shutterstock

Quem faz a comida chegar à nossa mesa, ao contrário do que as vezes pensamos, não são os grandes latifundiários. Estes estão mais preocupados com o mercado internacional, trabalhando com as comodities, os outros produtos que estão em nossa pauta de exportação. Quem faz a comida chegar à nossa mesa é a economia familiar, onde se destacam os pequenos empreendimentos agrícolas que, na maioria das vezes, são tocados pelos membros da família ou por um número bem pequeno de trabalhadores.

Leia MaisA importância da agricultura familiarRecentemente, o Presidente da República vetou um projeto que previa a renegociação das dívidas dos pequenos e microempreendedores. São esses empreendimentos familiares que mais sofreram com a crise, que já vinha acontecendo em nosso país e que se agravou com os dois anos da pandemia da Covid-19.

A renúncia fiscal que aconteceria com o projeto de parcelamento e renegociação das dívidas seria largamente compensada pela criação de novos empregos e pela estabilidade dos empreendimentos. Existe agora o perigo de uma quebradeira generalizada, com o fechamento de empresas e de postos de trabalho, o que é prejudicial para o nosso país, pois atrasará ainda mais a recuperação da economia no Brasil.

Escrito por
Padre Inácio Medeiros C.Ss.R.
Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

Redentorista da Província de São Paulo, graduado em História da Igreja pela Universidade Gregoriana de Roma, já trabalha nessa área há muitos anos, tendo lecionado em diversos institutos. Atuou na área de comunicação, sendo responsável pela comunicação institucional e missionária da Província de São Paulo, atualmente é diretor da Rádio Aparecida

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Por Redação A12, em Brasil

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