Comunicação

Comunicação: expressão de comunhão

Ambos os conceitos fundamentam a Civilização do Amor, rosto visível da Sinodalidade

Padre Inácio Medeiros C.Ss.R.

Escrito por Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

12 SET 2023 - 15H40 (Atualizada em 12 SET 2023 - 16H05)

Billion Photos/ Shutterstock

A comunhão e a participação, que são a expressão mais visível da proposta evangélica de Jesus para a sua Igreja, ganharam nova dimensão e relevância com a Conferência Episcopal do CELAM (Conferência Episcopal da América Latina e Caribe) realizada em Puebla, no México, no ano de 1979, onde se projetou a eminente figura de Dom Aloísio Lorscheider, que com suas reflexões e postura, marcou o rumo da grande assembleia e, por tabela, da caminhada da Igreja em nosso vasto continente nos anos subsequentes.

O chamado Documento de Puebla ainda hoje é referência para a caminhada da Igreja em sua proposta de ser “sinal do Reino de Deus” em nosso continente, trabalhando pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

A comunhão e participação fundamentam a construção da Civilização do Amor, que precisa se fortalecer cada vez mais, por ser o rosto mais visível da Sinodalidade, caminho proposto pelo Papa Francisco para que o Concilio Vaticano II não perca a sua atualidade, mesmo quase 60 anos após a sua conclusão, e a Igreja se coloque sempre a caminho, para ser uma “Igreja em estado permanente de missão”.

Crise do espírito comunitário

Nós experimentamos hoje, por estarmos numa mudança de época e de valores, a crise do comunitário devido aos influxos do capitalismo em sua face mais selvagem, impondo a todos os rastros do egoísmo e do individualismo, tão característicos e fortes em nossa sociedade.

Por ser de natureza individualista, o capitalismo em sua essência é contrário ao espírito de comunidade fundamentado no Livro dos Atos dos Apóstolos (At 2,42-44) que continua sendo, ao mesmo tempo, uma proposta e um grande desafio.

Toda iniciativa que venha favorecer o espírito de comunhão, participação e sinodalidade e que nasça na sociedade civil ou na Igreja precisa ser protegida, incentivada e valorizada.

Signis Brasil, experiência de comunhão

Leia MaisRede Aparecida de Rádio e SIGNIS Brasil: primeiro jornal vai ao ar!A partir deste mês de setembro, estamos vivendo uma nova experiência de comunhão no momento em que o conteúdo jornalístico da Signis Brasil, após alguns anos de ausência, volta a ser produzido e veiculado pela Rádio Aparecida. 

A 'Rádio de Nossa Senhora', como é carinhosamente chamada, nasceu há 72 anos com a vocação de não apenas propagar a devoção mariana, mas também trabalhar pela promoção integral do ser humano, fazendo com que o binômio fé e cidadania se torne cada vez mais uma realidade concreta entre nós.

Como dizia Pe. Cesar Moreira, que por tantos anos dirigiu o jornalismo da emissora, “o humano deve se tornar o caminho para o divino”.

Ser Signis Brasil, esta expressão nova que passamos a ouvir todas as manhãs no Jornal N30 da Rádio Aparecida, mais do que um conceito, significa uma experiência de comunhão na comunicação radiofônica católica do Brasil.

Calcula-se que no Brasil exista cerca de 450 emissoras de rádio de todos os tipos, e um quarto delas integram a Rede Aparecida de Rádio e Signis Brasil. É importante que as demais emissoras que ainda não se abriram ao comunitário façam também esta experiência.

Escrito por
Padre Inácio Medeiros C.Ss.R.
Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

Redentorista da Província de São Paulo, graduado em História da Igreja pela Universidade Gregoriana de Roma, já trabalha nessa área há muitos anos, tendo lecionado em diversos institutos. Atuou na área de comunicação, sendo responsável pela comunicação institucional e missionária da Província de São Paulo, atualmente é diretor da Rádio Aparecida

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