São Sebastião é celebrado na Igreja Católica no dia 20 de janeiro, e você pode ter mais detalhes do santo neste material do A12. Neste sábado, no Rio de Janeiro, a data é marcada por homenagens e devoções ao padroeiro da cidade.

A história da capital fluminense com seu santo padroeiro remonta o início da colonização do Brasil e da fundação da cidade.

Leia MaisRomaria da Arquidiocese do Rio de Janeiro a Aparecida: 121 anos de fé e devoçãoEm 1555, o Rio de Janeiro foi o refúgio para os protestantes franceses, chamados huguenotes, que planejavam se fixar permanentemente na Baía de Guanabara. Por isso, instalaram a França Antártica e fizeram aliança com os índios tamoios, que viviam na região.

Depois de alguns anos de luta para recuperar o domínio sobre o território, os portugueses enviaram uma frota comandada por Estácio de Sá. A batalha que pôs fim ao domínio francês aconteceu no dia de São Sebastião.

Em 20 de janeiro de 1567, os portugueses conseguiram expulsar os huguenotes. Uma lenda conta que o próprio São Sebastião apareceu com uma espada na mão para lutar ao lado dos portugueses na batalha de Aruçumirim. Como o santo padroeiro, Estácio de Sá morreu a flechadas nesse mesmo dia.

Milhares de fiéis e devotos se reúnem para celebrar o Dia de São Sebastião, participando de procissões, missas e festividades que reverenciam o santo padroeiro. A imagem de São Sebastião está presente em muitas igrejas, capelas e locais emblemáticos do Rio de Janeiro.

"O feriado de São Sebastião é o grande dia da cidade e dos cariocas. Os festejos do santo padroeiro atravessam pouco mais de quatro séculos e meio acompanhando sucessivas gerações, as transformações da cidade, que se tornou uma grande metrópole, e imprimindo identidade cultural e religiosa na alma dos cariocas, o que denota uma profunda relação entre a comunidade e seu padroeiro. A festa de São Sebastião, portanto, vêm de nossas origens e são eloquente testemunho da história e heroísmo de nosso povo", disse o Padre Valtemario Frazão Jr., da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Arquidiocese RJ

Cardeal Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), em artigo publicado no site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disse que este sábado (20) não é um feriado comum, mas dia de agradecer a São Sebastião por nos ter protegido ao longo do ano que passou e pedir sua intercessão para o ano que se inicia.

"Temos a alegria de celebrar o nosso padroeiro logo no início do ano, após os festejos do Natal e ano novo e com isso temos a oportunidade de pedir a intercessão de São Sebastião ao longo do ano, pedindo que ele nos livre das epidemias, pestes, fome e guerras. O nosso padroeiro foi um grande evangelizador junto aos outros militares e uma presença importante junto àqueles que eram presos pelo império romano. São Sebastião defendeu a fé até as últimas consequências e devemos ter em nosso coração a mesma atitude".

O Arcebispo também reforçou para orarmos e principalmente que possamos ajudar aos irmãos e irmãs vítimas das fortes chuvas, que tiveram que ser abrigadas em locais públicos, além de perder tudo o que tinham.

"Peçamos ao nosso padroeiro, São Sebastião, que interceda por todas as famílias e que nossa cidade possa se recuperar o mais rápido possível desse caos que sofreu. Que as autoridades responsáveis possam encontrar caminhos para solucionar o momento presente e evitar outros acontecimentos desse tipo no futuro".

Dom Orani ainda ressaltou que São Sebastião é um santo mais popular no Rio de Janeiro, mas a partir da devoção a ele aqui na Arquidiocese, o Brasil inteiro passará a conhecê-lo melhor.

"Celebremos cheios de alegria e confiança em Deus o dia de São Sebastião, padroeiro de nossa cidade e de nossa Arquidiocese. Tenhamos no coração a certeza de que somos discípulos e missionários do Senhor e não hesitemos em anunciar a boa nova do Evangelho. Peçamos a São Sebastião paz para a nossa cidade e para cada um de nós e que entreguemos a ele esse ano que está iniciando. São Sebastião encontrou sua fortaleza na oração, que assim seja também para todos nós".

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Fonte: CNBB/ Arquidiocese RJ