Espiritualidade

Caminhar com os ‘pés’ do coração

Não é só ir a pé pra Aparecida, é necessário também ir com o coração!

Maurício Ribeiro, coordenador dos coroinhas e acólitos do Santuário Nacional (Arquivo pessoal)

Escrito por Maurício Ribeiro

09 OUT 2023 - 12H22 (Atualizada em 11 OUT 2023 - 14H42)

Natália Cabral

Todos os anos, com grande alegria, vemos milhares de devotos indo a pé para o Santuário Nacional para celebrar o dia da Padroeira do Brasil. Essa é uma devoção que fiéis do Brasil inteiro praticam anualmente com amor e gratidão.

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Os peregrinos que vêm a pé para a Casa da Mãe, caminham sem cessar, dia e noite com gratidão de poder vir e agradecer a Mãe Aparecida pelas graças recebidas ao longo do ano.

Quem caminha, caminha em busca de algo, tem uma meta de chegada. A meta dos fiéis caminhantes é avistar, ainda na Dutra, depois de horas ou dias, o Santuário Nacional. É um momento de leveza, de paz, de missão cumprida.

Na nossa vida religiosa, sempre temos o costume de realizar alguma coisa como ato devocional, como por exemplo, jejuar na Quaresma, fazer uma novena, um tríduo, ter devoção a um santo ou a um título de Nossa Senhora. Porém, um ato devocional de muitos fiéis do Brasil, principalmente do Vale do Paraíba, é ir a pé para Aparecida. Um ato belíssimo, que tem um rico significado no coração e na fé de cada um.

Em simples gestos existem ricos significados, porém, é necessário vivermos internamente as práticas externas da fé, mas o que isso quer dizer? Que não adianta, você caminheiro e caminheira, ir a pé para Aparecida somente por tradição, é necessário ir de coração! Ou seja, caminhar com fé, com esperança, sem reclamar ou brigar.

Nos perguntemos: De que nos vale caminhar dias, noites, semanas ou meses e chagarmos à Casa da Mãe com o coração vazio? Quando venho na casa de Maria, volto restaurado, renovado, ou permaneço o mesmo? Minha troca de olhares diante de Nossa Senhora em seu Nicho me converte? Me faz mudar de postura? Estou indo para agradecer ou para aparecer?

Thiago Leon
Thiago Leon
Romeiros trocam olhares com a Padroeira do Brasil diante do Nicho


Por isso, aqui, queridos fiéis e caminhantes, é necessário pensarmos e refletir se estamos vivendo internamente a atitudes que praticamos externamente. Pois, fazer para os holofotes é fácil, é chamativo, mas fazer pela fé e gratidão não é com todos que isso acontece.

Querido irmão, querida irmã, Nossa Senhora te acolhe de braços abertos! Por isso, venham por amor e com fé, venham na intenção de não só fazer uma caminhada tradicional, mas com o propósito de mudar o coração, de se deixar transformar com o amor da Mãe Aparecida. Como diz o Papa Francisco, “Quem ama não permanece nas próprias posições, mas se deixa mover e comover”.

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Escrito por
Maurício Ribeiro, coordenador dos coroinhas e acólitos do Santuário Nacional (Arquivo pessoal)
Maurício Ribeiro

Maurício José Ribeiro Campos Felizardo tem 22 anos e mora em Aparecida. Atualmente, é coordenador dos cerimoniários e coroinhas do Santuário Nacional, e estudante do último ano de licenciatura em Matemática na UNESP (FEG) em Guaratinguetá.

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Por Redação A12, em Espiritualidade

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