A discriminação racial é um problema que atinge a todos, não só àqueles que a sofrem diretamente. Para falarmos de discriminação, usando como base a psicologia social, penso que distinguir entre os conceitos – estereótipos, preconceitos e discriminação –, poderá nos resultar proveitoso nesta sucinta reflexão.
Estereótipos são imagens simplificadas que fazemos de um grupo ou instituição, para poder definir uma pessoa que possui tais caraterísticas. O pré-conceito ou pré-juízo é uma atitude negativa para com outra pessoa ou membros de outro grupo, uma certa rejeição para com uma pessoa, devido à sua pertença a determinado grupo. Discriminação é como se classificam as ações, atos intencionais que provocam distinções injustas. Os estereótipos não designam, em si, nada negativo; o problema está quando carregamos na nossa mente e coração preconceitos e discriminações para com as outras pessoas.
Em primeiro lugar, penso que, para lutar contra esta tendência que, por vezes, nos consentimos, é preciso reconhecer que Deus tem um Plano particular para mim e para cada pessoa, pois cada um de nós é um ser criado único e irrepetível. Eu fui criado particularmente por Deus, que conhecia como me criar até o mais recôndito de minha pessoa. Podemos lembrar da vocação de Jeremias (Jr 1,4–5.17–19).
Em segundo lugar, não só cada um tem uma peculiaridade dentro do Plano de Deus, senão que estamos chamados a ser um Corpo, a viver em harmonia. O Papa Francisco explicou isto de maneira muito bela na catequese de 09/10/2013:
“Pensemos na imagem da sinfonia, que quer dizer acordo e harmonia, diversos instrumentos que tocam juntos; cada qual mantém o seu timbre inconfundível e as suas características sonoras sintonizam-se em algo de comum. Depois há quem guia, o diretor, e na sinfonia que é executada todos tocam juntos, em ‘harmonia’, mas não se cancela o timbre de cada instrumento; aliás, a peculiaridade de cada um é valorizada ao máximo!
É uma imagem bonita, que nos diz que a Igreja é como uma grande orquestra na qual existe variedade. Não somos todos iguais, e não devemos ser todos iguais. Todos nós somos diversos, diferentes, cada qual com as suas próprias qualidades. E esta é a beleza da Igreja: cada um oferece o que é seu, aquilo que Deus lhe concedeu, para enriquecer os demais. E entre os componentes existe esta diversidade, mas trata-se de uma diversidade que não entra em conflito, que não se opõe; é uma variedade que se deixa fundir de modo harmonioso pelo Espírito Santo; Ele é o verdadeiro ‘Mestre’, Ele mesmo é harmonia”.
A Palavra de Deus pode nos libertar da discriminação racial e de muitos outros vícios, e por aí descobrimos Quem é Deus, Seu desígnio de Salvação para cada um, e como devemos acolher aos nossos semelhantes, nos convertendo cada vez mais a Ele, e assim construir a Civilização do Amor, com justiça e solidariedade.
Situações como as que a humanidade está vivendo com a pandemia do coronavírus, também são um alerta para que, em meio à crise, possamos olhar para as realidades que não consideramos importantes, porém são essenciais para nossa salvação e a salvação dos demais, como por exemplo o amor uns pelos outros.
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