Perdão em família é tema urgente. O contexto sociofamiliar se tornou divisionista. Agressividade em pauta, cada dia. Violência doméstica. Violência? Sentir raiva e impulsos agressivos é parte de nossa humana realidade. Porém, dar-se conta da raiva e sua constelação de negatividade supõe tomar conta de si, SUJEITO, e não ficar subjugado. E quem assume os valores evangélicos redime o drama humano. Renasce para o alto.
Em casa, todos precisamos cultivar a ecologia interior, jardim ou pomar. Eliminar as raízes venenosas. Quem as nomeia aprende lidar com suas relações. Não é impulsionado pelo desconhecido. Escolhe melhor jeito de gerir e regenerar a convivência. Não se instala entre ofensor ou ofendido. Punhos cerrados produz estragos impensados.
Leia MaisPapa Francisco prorroga por um ano o Perdão Celestino Como obter a indulgência pelo Perdão de Assis?Quando o drama relacional deteriora, importa saber deixar-se amar. Só o perdão em suas poliedras faces recria enlaces. Prevenção é também superar a agenda dos momentos de desafeições circunstanciais. Elaborar decepções valoriza a reconciliação.
Cada semana, um bom exame de comportamentos: - O quanto fui capaz de superar o gosto amargo da vida em relação? O quanto valorizei os horizontes de pacificação? Avaliar-se sem jogar o xadrez de tudo ou nada. Autocrítica é benção de vida.
Perdoar na hora certa ante mágoas verdadeiras (há ilusões demais sobre ofensas!) liberta-nos da hipersensibilidade de autocentração. O perdão necessário supõe que se contradiga esta nossa profundeza subjetivista, nem humanizada o bastante e talvez quase nada evangelizada.
Perdão pedido, perdão dado. Perdão oferecido, mágoa afastada. É preciso coragem de Ser e dizer: - Errei. E a seguir acrescentar: - Desculpe-me. Perdão. Esta coragem nos vem quando caminhamos pela vida cientes de como somos olhados, amados, reconhecidos. Este olhar é próprio dos que contemplam o Crucificado. Reconciliar-se mesmo na complexidade de certas situações renova a sustentabilidade de um viver desembaraçado de autopreservação com tempero de vingança.
Claro é: ofensas graves existem. Há, pecados capitais, cabeças capitaneando uma constelação de mal feitos, por vezes até perversos. Mas, em família ninguém desconhece a sofrida dimensão da VULNERABILIDADE. Fraquejamos, rodos nós. Ofendemos e nos sentimos ofendidos. A irritação e o ressentimento enfurecem alguns de nós. Não há, no entanto, dúvida que o mais doloroso é desconsiderar as chances de re-fazer, re-conciliar e re-tornar melhor que antes após qualquer derrapada, deslize, trombada, descaminho. Coisas que estremecem o conviver prazeroso.
Quando se aceita o desafio de recriar os horizontes do aconchego, a vida renasce, recomeça a paz. Algo como: Eu me senti ofendido por você. Magoado. Mas não vou pagar-lhe com igual moeda. Perdoemos um ao outro. Não perdoar é não querer se desfazer... de que mesmo?
Há perdão que demora. Quando a ofensa tem peso é bom não fazer de conta que nada aconteceu e não pretender logo dar o assunto por encerrado. O luto é indispensável. A demora depende do grau sentido como ofensa ou do peso que pede tempo para ser descarregado no chão.
Livrar-se do desconforto supõe generosidade e paciência. Pacificação interior. Preces de suplica pelo dom da Fortaleza. É que nos custa ser oscilantes estar entre o troco vingativo e a compaixão ao estilo de Jesus. – Teu pecado está perdoado.
Custa-nos, nestes transes de dor, reconhecer que somos iguais na vulnerabilidade e diversos nos modos de ofender. Cada qual tem sua área de maior vulnerabilidade e o tamanho do gostinho de espetar os outros. Custa-nos chamar ao sentimento da Fé certas exigências de Jesus: -Perdoar até 70 vezes sete. – Pai, perdoai-nos como nós perdoamos...
Não há chance para o perdão quando há pessoas que não aceitam mais se modificar. Mudar de atitude é fé proativa. E ter aprendido com Deus: dar o primeiro passo, ser o primeiro a amar. Com amor eterno eu te amei! Ah, a coragem de crer traduzida em comportamentos no cotidiano! É humano-divino não se fixar nas feridas do conviver.
A arte da vida em família consiste em nos amarmos, nos sustentando nas adversidades. Quer aprender a perdoar? Não desista de querer bem aos outros. Por onde passa a benção do perdão, tudo se refaz. Tudo é graça.
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