“Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá"

Hoje recordamos na Igreja os nossos irmãos que nos precederam nesse momento tão misterioso e real que é a hora da morte. Hoje é o dia em que se visitam os cemitérios para render uma homenagem àqueles entes queridos que já partiram deste mundo.

Cuidar dos mortos é algo considerado importante nas culturas humanas por todo o mundo e desde as épocas mais antigas. Porque o homem sente essa necessidade? O que nos diz esse costume?

O Papa Bento XVI responde: “Diante deste mistério todos, também inconscientemente, procuramos algo que nos convide a esperar, um sinal que nos dê consolação, que abra algum horizonte, que ofereça ainda um futuro.”

Por mais paradoxal que possa parecer à primeira vista, o que buscamos com essas visitas é uma esperança. É que “O homem tem necessidade de eternidade, e para ele qualquer outra esperança é demasiado breve, é demasiado limitada”, completa o Papa emérito.

Nós não nos conformamos com que essa vida, com todos os trabalhos, alegrias e belezas, possa ter um fim. Experimentamos que o amor que temos dentro exige a eternidade.

Esse desejo de eternidade foi o que Jesus veio saciar quando disse: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá” (Jo 11, 25-26). Deus saiu ao encontro do homem e lhe concedeu a possibilidade de esperar com total confiança nessa vida eterna.

Lhes deixo o parágrafo final da meditação do Papa Emérito para esse dia, fica o convite para que esse dia, apesar da dor pelos que já partiram, pela saudade, se transforme também em um dia para crescer na esperança pela vida eterna.

“E visitando os cemitérios para rezar com afeto e com amor pelos nossos defuntos, somos convidados, mais uma vez, a renovar com coragem e com força a nossa fé na vida eterna, aliás, a viver com esta grande esperança e testemunhá-la ao mundo: por detrás do presente não existe o nada.”