Espiritualidade

Páscoa: um convite para que saiamos do túmulo para a vida

Maurício Ribeiro, coordenador dos coroinhas e acólitos do Santuário Nacional (Arquivo pessoal)

Escrito por Maurício Ribeiro

14 MAI 2023 - 07H00

DebSankar / Shutterstock

“A falsidade, nas palavras e na vida nos leva de volta ao túmulo”, noz diz o Papa Francisco. Com essas palavras devemos nos perguntar: eu anuncio a verdade? Sou verdadeiro comigo e com os outros? Cristo é a verdade! Se proclamamos a sua ressureição também proclamamos a verdade.

Na noite da ressurreição a pedra foi removida do sepulcro, a vida venceu, Cristo ressuscitou, a esperança renasceu, os que choravam cessaram o pranto. A Páscoa é um convite para que saiamos dos nossos túmulos, muitas vezes sepultamos a alegria de viver.

Leia MaisEntregar a nossa vida nas mãos do PaiQuantas vezes ficamos presos no túmulo do rancor, do ódio, quando não amamos ou não perdoamos o próximo. Às vezes ficamos presos no túmulo da mentira e da falsidade, quando não dizemos a verdade ou colocamos o irmão em dificuldade pela omissão. Quantas vezes permanecemos no túmulo da depressão e da tristeza, quando procuramos apenas as coisas do mundo e esquecemos que não somos nada sem Deus.

Mas não desiludamos, Cristo venceu o sepulcro e hoje Ele é a nossa maior esperança para que também nós saiamos dos nossos túmulos, em direção a uma vida nova. Quem acolhe o ressuscitado, acolhe também a verdade. Quem O acolhe, acolhe a alegria de viver, a vontade de viver.

A festa da Páscoa nos proporciona um grande convite: sempre é possível recomeçar! Porém, para um bom recomeço é preciso fazermos uma pergunta a nós mesmos: minhas atitudes, quais preciso sepultar? Quais preciso colocar dentro do sepulcro e fechar com a pedra mudança?

A resposta está na nossa vontade de mudar. Deixemos de lado nossas atitudes mesquinhas: nossa falta de generosidade, nossa pequenez de espírito, nossas misérias.Quantas vezes, vivemos buscando coisas de pouco valor: preconceitos, rancores, rivalidades, invejas, ilusões, bens materiais supérfluos.” Sepultemos essas atitudes, pois com elas presas no túmulo conseguiremos recomeçar! Com Deus, sempre se pode voltar a viver.

Deus sabe transformar tudo em bem, pois até do túmulo faz sair a vida. Por isso, do túmulo do nosso rancor Deus faz sair o perdão, do túmulo da nossa ignorância Deus faz sair o diálogo, do túmulo do ódio Deus faz sair o amor, do túmulo das nossas indiferenças Deus faz sair a unidade.

Meu irmão, minha irmã, Cristo vive! E com a ressurreição nos trouxe esperança. Hoje, quando permanecemos fiéis na esperança e levamos a esperança à alguém, estamos vivendo a Páscoa. Com a ressureição Cristo nos trouxe a alegria. Hoje, quando levamos alegria ao próximo, quando somos positivistas, estamos vivendo a Páscoa. Ao ressuscitar Cristo nos deu a paz. Hoje, quando vivemos a paz, quando a levamos nos lugares de conflitos, quando desejamos ela ao próximo, estamos vivendo a Páscoa.

A Páscoa não é só uma conclusão do tríduo pascal. É um convite a mudança, a sermos homens e mulheres novos. A pascoa nos traz a mensagem de que nunca é tarde para mudar, para recomeçar. A Páscoa não é só no domingo, é Páscoa quando vivemos a paz e levamos a paz. É Páscoa quando alegramos vida dos outros. É Páscoa quando levemos esperança aos lugares de desolação. É pascoa quando nos esforçamos para amar mais o irmão. Por isso, “a Páscoa não é só hoje, a Páscoa é todo dia. Se levarmos o Cristo em nossa vida, tudo será um eterno “aleluia””.

Escrito por
Maurício Ribeiro, coordenador dos coroinhas e acólitos do Santuário Nacional (Arquivo pessoal)
Maurício Ribeiro

Maurício José Ribeiro Campos Felizardo tem 22 anos e mora em Aparecida. Atualmente, é coordenador dos cerimoniários e coroinhas do Santuário Nacional, e estudante do último ano de licenciatura em Matemática na UNESP (FEG) em Guaratinguetá.

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Por Redação A12, em Espiritualidade

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